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Histórias do Coração

Mychelle e Felipe

O amor pode ter seus caminhos e seus mistérios, mas não é possível dizer que as histórias acontecem de maneira displicente. O amor não é banal, há um propósito para aqueles que começam juntos uma história

Por Carla Moro

13 de junho de 2021, às 07h00 • Última atualização em 13 de junho de 2021, às 08h11

Mychelle e Felipe - Foto: Arquivo Pessoal

“Você canta muito bem”, foi a primeira coisa que a Mychelle disse ao Felipe. Eles estavam na igreja, rodeados de amigos, quando ela viu o Felipe cantando. No momento em que o elogio aconteceu, ninguém ali podia imaginar a história que estava para começar, nem mesmo a Mychelle e o Felipe.

O Felipe me diz que não acredita em acasos, que não é apenas coincidência os pontos da história que vou contar agora. Eu ainda não consegui encontrar uma palavra que desse conta dessa sucessão de fatos que leva uma pessoa ao encontro da outra. Como o Felipe, tampouco acredito em coincidência. O acaso não é um deus que nos faz de joguete em suas mãos. Acredito que, se há uma força que nos move ao encontro daquilo que está reservado a nós, essa força só pode ser o amor.

Ao leitor, cabe também acompanhar esses fatos. Há de se concordar que é preciso encontrar uma palavra nova, que não acaso, para essa história. A Mychelle e o Felipe são de São Paulo. Ambos frequentavam a igreja Adventista da Promessa, mas em pontos diferentes da cidade. Em 2003, o Felipe se mudou com a família para Americana. Em 2015, a Mychelle faria o mesmo caminho com a própria família. Não bastasse isso, em 2016, quando se conheceram, fazia seis meses que o Felipe tinha começado a frequentar aquela igreja: a mesma que a Mychelle escolheu para trilhar seu caminho de fé.

O amor pode ter seus caminhos e seus mistérios, mas não é possível dizer que as histórias acontecem de maneira displicente. O amor não é banal, há um propósito para aqueles que começam juntos uma história.

A Mychelle e o Felipe puderam enxergar esse propósito desde o início. Havia, desde as primeiras conversas, uma intenção e uma disposição. O amor só acontece para aqueles que estão dispostos.

Entre março e setembro de 2016, esse casal apenas conversou. A Mychelle disse logo ao Felipe que ele não deveria criar expectativas. Mas ele não criou. O Felipe foi astuto. Na amizade, ele fez a Mychelle perceber que as decepções que ela já havia vivido no passado, não se repetiriam: “Eu entendi que não ia acontecer tudo de novo”. Poder ver o amor no outro, não é acaso, é força.

O namoro começou em um restaurante que tocava jazz e o pedido de casamento aconteceu em Buenos Aires. Quatro meses antes de fazer o pedido, o Felipe foi conversar com os pais da Mychelle. Ela estava esperando no carro, acreditando que o namorado planejava com a família dela as comemorações do seu aniversário. No fim de setembro de 2017, a mãe e as irmãs da Mychelle arrumaram a mala dela a pedido do Felipe. Quando entendeu o que estava acontecendo, a Mychelle já estava no aeroporto com o cartão de embarque em mãos. A viagem surpresa foi o presente e, no dia 23 de setembro, o pedido foi feito.

Ao encontrar a Mychelle e reconhecer nela o amor da vida, o Felipe entendeu o real significado das palavras. Da palavra amor, da palavra companheirismo, da palavra casamento. O acaso e a coincidência não são palavras possíveis para a história deste casal, porque o amor é força. Diante dele, grandes são aqueles que conseguem vê-lo, e ao vê-lo, que conseguem vivê-lo. Assim como fizeram a Mychelle e o Felipe.

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Carla Moro

Formada em Letras pela Unesp, Carla Moro faz neste blog um registro da trajetória dos casais! Quer sugerir sua história para a coluna? Envie um e-mail para colunahistoriasdocoracao@gmail.com