30 de abril de 2024 Atualizado 12:10

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

SAÚDE

Hortolândia inicia vacinação contra a dengue nesta quarta-feira

Aplicação será em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em três UBSs do município

Por Redação

15 de abril de 2024, às 15h21 • Última atualização em 15 de abril de 2024, às 15h23

A Prefeitura de Hortolândia inicia, nesta quarta-feira (17), a vacinação contra a dengue no município. A imunização será das 8h às 15h30, nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) Amanda I, Campos Verdes e Figueiras, conforme o Executivo informou nesta segunda.

Cada unidade fará a vacinação em dias diferentes da semana – confira abaixo o cronograma. Nesta quarta, haverá aplicação somente na UBS Campos Verdes.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

Diferente dos outros municípios da RPT (Região do Polo Têxtil), Hortolândia vai vacinar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. As outras quatro cidades da região, que já começaram a aplicação, restringiram a aplicação de doses para a faixa etária de 10 a 11 anos.

A imunização conta com duas doses, aplicadas num intervalo de três meses entre elas. Para ser vacinado, é necessário apresentar algum documento com foto e CPF.

A vacina contra a dengue – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

A coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria de Saúde, Ana Paula Fernandes, explica que o imunizante será aplicado de acordo com algumas precauções determinadas pelo Ministério da Saúde.

Crianças e adolescentes que tenham tomado alguma vacina atenuada, como a de febre amarela e a tríplice viral, deverão aguardar 30 dias para receber a vacina contra a dengue.

Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região!

Caso a criança ou o adolescente tenha sido imunizado recentemente com alguma vacina inativada, como a de gripe ou a de Covid-19, o intervalo para ser vacinado contra a dengue é de 24 horas. 

A coordenadora ressalta que a Prefeitura de Hortolândia realizou capacitação e treinamento para as equipes de saúde, uma vez que a vacina contra a dengue é nova e apresenta certas especificações técnicas.

A administração municipal reforça que, em paralelo à vacinação, “continua a executar semanalmente ações de busca ativa e nebulização para eliminar o Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya”.

O Ministério da Saúde disponibilizou as vacinas para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, mas, diante da quantidade limitada de doses, sugeriu que os municípios iniciassem a imunização pela faixa etária de 10 a 11 anos – casos de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré.

Faça parte do Club Class, um clube de vantagens exclusivo para os assinantes. Confira nossos parceiros!

O governo federal reservou 17.320 doses para a região: 5.334 para Sumaré, 4.298 para Hortolândia, 3.650 para Americana, 2.959 para Santa Bárbara d’Oeste e 1.079 para Nova Odessa.

Até a tarde desta segunda, havia 750 casos de dengue registrados em Hortolândia, além de 839 em Americana, 1.740 em Nova Odessa, 1.377 em Santa Bárbara e 1.721 em Sumaré.

Houve uma morte em Americana e outra em Santa Bárbara. Há, ainda, dois óbitos em apuração em Americana, quatro em Hortolândia, dois em Nova Odessa e três em Sumaré.

Confira os dias de vacinação contra a dengue em Hortolândia:

  • UBS Campos Verdes: segundas e quartas-feiras
  • UBS Figueiras: terças-feiras
  • UBS Amanda I: quintas e sextas-feiras

Sintomas e alertas

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

  • Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.
  • Dor de cabeça
  • Prostração
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Dor atrás dos olhos (retroorbital)
  • Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.
  • Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que “nada para na barriga”), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por “dor de barriga”, que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Pele pálida e fria
  • Inquietação/irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.
  • Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

  • Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma “imaturidade” do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez – situação que tende a ser mais perigosa.
  • Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos “desatualizados” favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.
  • Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.
  • Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.
  • Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades – crianças muito pequenas e idosos – têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

Publicidade