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SAÚDE

Americana registra primeira morte por dengue neste ano

Vítima é um homem de 74 anos, que residia no bairro Morada do Sol; ele morreu em 26 de março, mas a causa foi confirmada nesta segunda

Por Rodrigo Alonso

15 de abril de 2024, às 15h12 • Última atualização em 15 de abril de 2024, às 17h08

Americana registrou a primeira morte por dengue no município neste ano. A vítima é um homem de 74 anos, morador do bairro Morada do Sol. Ele morreu em 26 de março.

O idoso começou a apresentar os sintomas dois dias antes e ficou internado no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. De acordo com a prefeitura, a causa foi confirmada nesta segunda-feira (15) pelo Instituto Adolfo Lutz, que diagnosticou a presença do sorotipo 2 da dengue.

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“Todas as ações referentes ao controle do mosquito Aedes aegypti foram conduzidas pela equipe local nas imediações da residência do paciente, em especial o controle mecânico e retirada de criadouros, bem como a busca ativa de novos casos”, comunicou a administração municipal.

Trata-se do segundo óbito registrado na RPT (Região do Polo Têxtil) em 2024. O primeiro ocorreu em Santa Bárbara d’Oeste.

Americana também tem duas mortes em investigação, com suspeita de terem sido causadas por dengue. Até a tarde desta segunda, a cidade havia contabilizado 839 casos da doença neste ano.

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Na região, também foram 758 pessoas contaminadas em Hortolândia, 1.740 em Nova Odessa, 1.377 em Santa Bárbara d’Oeste e 1.721 em Sumaré. Há, ainda, quatro óbitos em apuração em Hortolândia, dois em Nova Odessa e três em Sumaré. Os números constam no painel de monitoramento do Estado.

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Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara e Sumaré já iniciaram a vacinação contra a dengue para crianças de 10 a 11 anos. Hortolândia começa a imunização nesta quarta (17), para a faixa etária de 10 a 14 anos.

A Prefeitura de Americana lembra que, em 2023, o município teve um óbito relacionado à doença, enquanto em 2022 houve oito mortes.

Sintomas e alertas

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

  • Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.
  • Dor de cabeça
  • Prostração
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Dor atrás dos olhos (retroorbital)
  • Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.
  • Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que “nada para na barriga”), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por “dor de barriga”, que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Pele pálida e fria
  • Inquietação/irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.
  • Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

  • Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma “imaturidade” do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez – situação que tende a ser mais perigosa.
  • Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos “desatualizados” favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.
  • Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.
  • Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.
  • Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades – crianças muito pequenas e idosos – têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

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