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SAÚDE

Vacinação contra a dengue começa nesta quarta em Nova Odessa

Aplicação será em crianças de 10 e 11 anos; doses estarão disponíveis nas UBSs a partir das 13h

Por Rodrigo Alonso

09 de abril de 2024, às 18h03

A Prefeitura de Nova Odessa iniciará nesta quarta-feira (10) a vacinação contra a dengue. De acordo com o Executivo, a aplicação será apenas em crianças de 10 e 11 anos. As doses estarão disponíveis nas sete UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município a partir das 13h.

A Vigilância Epidemiológica da prefeitura retirou nesta terça, em Campinas, as 1.079 doses enviadas à cidade pelo Ministério da Saúde.

Segundo a coordenadora do órgão, Paula Mestriner, as doses serão imediatamente distribuídas às UBSs para início imediato da imunização dos pré-adolescentes.

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O Ministério da Saúde reservou as vacinas apenas para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, mas, diante da quantidade limitada de doses disponíveis neste momento, recomendou que os municípios iniciassem a imunização pela faixa etária de 10 a 11 anos.

O esquema de vacinação conta com duas doses, aplicadas num intervalo de três meses. O ministério enviará a segunda dose aos municípios posteriormente.

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Além 1.079 doses para Nova Odessa, a pasta reservou 5.334 para Sumaré, 4.298 para Hortolândia, 3.650 doses para Americana e 2.959 para Santa Bárbara d’Oeste. Conforme o LIBERAL noticiou, a Prefeitura Americana definiu que vai começar a vacinação nesta quinta.

Neste ano, até a tarde desta terça, havia 695 casos de dengue registrados em Americana, 552 em Hortolândia, 1.422 em Nova Odessa, 1.220 em Santa Bárbara e 1.444 em Sumaré. Os números constam no portal de monitoramento do Estado de São Paulo.

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Santa Bárbara teve uma morte contabilizada na última sexta, a única até o momento na RPT. Município com maior proporção de casos por habitante, Nova Odessa declarou situação de emergência e estado de alerta epidemiológico em 15 de março.

“Prosseguem diariamente as ações da equipe antidengue do Setor de Zoonoses da prefeitura no combate ao mosquito transmissor do vírus da doença, o Aedes aegypti”, comunicou a Prefeitura de Nova Odessa.

Sintomas e alertas

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

  • Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.
  • Dor de cabeça
  • Prostração
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Dor atrás dos olhos (retroorbital)
  • Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.
  • Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que “nada para na barriga”), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por “dor de barriga”, que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Pele pálida e fria
  • Inquietação/irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.
  • Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

  • Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma “imaturidade” do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez – situação que tende a ser mais perigosa.
  • Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos “desatualizados” favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.
  • Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.
  • Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.
  • Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades – crianças muito pequenas e idosos – têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

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