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SAÚDE

Veja como será a vacinação contra a dengue em Americana

Locais, público-alvo e documentos necessários foram divulgados pela prefeitura na noite desta terça-feira; aplicação começa nesta quinta

Por Rodrigo Alonso

10 de abril de 2024, às 08h03 • Última atualização em 15 de abril de 2024, às 15h19

A Prefeitura de Americana divulgou, na noite desta terça-feira (9), como será a vacinação contra a dengue na cidade. Segundo o Executivo, a aplicação, que começa nesta quinta, ocorrerá em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município, apenas em crianças de 10 e 11 anos.

Os postos de saúde funcionam de segunda a sexta, das 8h às 16h, com exceção da unidade da Praia Azul, cujo horário é das 8h às 20h.

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Segundo a prefeitura, no momento da imunização, os menores deverão estar acompanhados dos pais ou responsáveis e apresentar comprovante de residência no município, documento com foto, Cartão SUS e caderneta de vacinação.

Vacina contra a dengue – Foto: Prefeitura de Americana/Divulgação

O Ministério da Saúde disponibilizou as vacinas para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, mas, diante da quantidade limitada de doses, recomendou que os municípios iniciassem a imunização pela faixa etária de 10 a 11 anos.

O esquema vacinal conta com duas doses, aplicadas num intervalo de três meses entre elas.

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Na RPT (Região do Polo Têxtil), além de Americana, apenas Nova Odessa já definiu quando dará início à vacinação. As doses estarão estarão disponíveis para crianças de 10 a 11 anos a partir das 13h desta quarta, nas sete UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município.

As administrações de Hortolândia e Santa Bárbara d’Oeste comunicaram que haverá uma reunião nesta quarta para definição do cronograma e da estratégia de imunização. Também procurada pela reportagem, a Prefeitura de Sumaré não se manifestou.

O Ministério da Saúde reservou 17.320 doses para a região: 5.334 para Sumaré, 4.298 para Hortolândia, 3.650 para Americana, 2.959 para Santa Bárbara d’Oeste e 1.079 para Nova Odessa.

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Neste ano, até a manhã desta quarta, havia 695 casos de dengue registrados em Americana, 552 em Hortolândia, 1.422 em Nova Odessa, 1.220 em Santa Bárbara e 1.444 em Sumaré. Os números constam no portal de monitoramento do Estado de São Paulo.

Santa Bárbara teve uma morte contabilizada na última sexta, a única até o momento na RPT. Município com maior proporção de casos por habitante, Nova Odessa declarou situação de emergência e estado de alerta epidemiológico em 15 de março.

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Sintomas e alertas

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

  • Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.
  • Dor de cabeça
  • Prostração
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Dor atrás dos olhos (retroorbital)
  • Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.
  • Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que “nada para na barriga”), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por “dor de barriga”, que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Pele pálida e fria
  • Inquietação/irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.
  • Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

  • Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma “imaturidade” do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez – situação que tende a ser mais perigosa.
  • Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos “desatualizados” favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.
  • Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.
  • Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.
  • Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades – crianças muito pequenas e idosos – têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

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