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Americana

Americana bate recorde de mortes por Covid-19 em junho

Município chegou a 116 óbitos nesta terça-feira, segundo dados da prefeitura; até então, abril era o mês com mais mortes

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29 de junho de 2021, às 17h44

Depois de alcançar o maior número de infecções pelo coronavírus dentro de um mês, na semana passada, Americana atingiu nesta terça-feira (29) outra marca trágica na pandemia: junho de 2021 se tornou o mês em que mais moradores da cidade morreram pela Covid-19.

Segundo levantamento do LIBERAL em dados de boletins divulgados pela prefeitura, foram 116 óbitos relacionados à doença entre 1º e 29 de junho. Até então, era abril quem detinha o recorde negativo, com 108 mortes dentro do mês.

Nesta terça, a prefeitura confirmou mais 12 mortes pela doença, chegando ao total de 691 moradores vítimas da pandemia, que teve início em março de 2021.

Em junho, a principal faixa etária vítima da doença tem sido a de 50 a 59 anos. Neste mês, 40 pessoas já morreram pela Covid-19, segundo a prefeitura, o equivalente a 34% dos óbitos de junho.

A segunda faixa é a de quem tem entre 40 e 49 anos – foram 21 vítimas em junho (18%). Pela primeira vez, dentro de meses com estatísticas significativas de óbitos, moradores que não são idosos estão morrendo mais do que idosos, um reflexo que especialistas atribuem à vacinação.

Infecções em alta

A marca recorde de óbitos mensal ocorre após um avanço veloz das contaminações desde março e se consolida dentro um mês em que as notificações de moradores infectados pela Covid-19 dispararam em Americana.

Em junho, já são 3.903 registros de infectados nos boletins da prefeitura, número que 42% maior do que maio, o segundo mês com mais contaminações registradas.

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O período de março até agora já contabiliza mais da metade de todos os casos e óbitos de Americana do que todo o período anterior da pandemia, de março de 2020 a fevereiro de 2021.

A evolução trágica dos números da Covid-19 também se dá em meses em que as restrições foram reduzidas.

Desde a segunda quinzena de abril, todo o Estado se encontra na chamada fase de transição, que permite a maior parte dos serviços não essenciais abertos, com restrições para capacidade de atendimento.

Apesar de uma redução da mortalidade e da ocupação de hospitais em maio, a piora dos índices em junho, entretanto, não fez com que nem o governo estadual nem a Prefeitura de Americana voltassem a impor restrições.

Em Americana, a ocupação de leitos para pacientes com Covid-19 bateu recordes consecutivos. Entre os dias 9 e 22 de junho, os dados divulgados pela prefeitura mostraram mais de 190 internados nos quatro hospitais da cidade, que também atendem pacientes de fora.

Este patamar, de 190, só havia sido superado em Americana em um dia – 31 de março – no auge do que se denominou de segunda onda. Desde então, a ocupação de leitos não havia passado de 186 internados.

Mesmo diante do cenário grave e inédito da pandemia no município, o prefeito Chico Sardelli considerou, em declaração pública, que a situação em Americana estava “sob controle” e, após pressão de parte da câmara, determinou mais rigor na fiscalização de locais que promovem aglomerações.

Após o alto patamar de internações, Americana tem visto nos últimos dias uma melhora discreta na ocupação dos leitos para pacientes com Covid-19, conforme mostrou o LIBERAL nesta terça-feira.

Desde o dia 23 de junho, o número de leitos ocupados nos hospitais de Americana está abaixo de 190. Nesta terça, chegou a 171.

A prefeitura também anunciou que passará a oferecer testes de Covid-19 para pacientes sintomáticos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município. Até então, a testagem só ocorria no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi e no PA (Pronto-Atendimento) do Zanaga.

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