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PANDEMIA EVOLUI

Pelo segundo mês seguido, Americana bate recorde de casos de Covid-19

Mesmo sem ter chegado ao fim, junho já ultrapassou maio, com 2.899 infecções confirmadas

Por João Colosalle

24 de junho de 2021, às 06h33 • Última atualização em 24 de junho de 2021, às 09h48

Antes mesmo do fim do mês, o número de casos de Covid-19 em junho, em Americana, já se tornou o maior já registrado na pandemia. Até então, era maio quem detinha o recorde de registros. No mês passado, foram 2.749 diagnósticos positivos. Neste mês, até esta quarta-feira, já eram 2.899, segundo dados da prefeitura.

O patamar acima de 2 mil casos ocorre em Americana pelo quarto mês consecutivo. Antes de março, quando uma segunda onda de infecções provocou o pior cenário da pandemia no País, a cidade só tinha contabilizado mais de 2 mil casos uma vez, em agosto, no final da primeira onda.

O avanço da segunda onda evidenciou uma evolução muito mais grave das infecções na população local e sustentada em altos patamares. Para se ter ideia, Americana levou cerca de 11 meses – de março de 2020 a fevereiro deste ano – para chegar a 10,5 mil casos. Para dobrar este número, porém, foram necessários apenas pouco mais de três meses. Nesta quarta-feira, o município somou mais 200 casos e chegou a 21.734.

Em relação às mortes, Americana contabilizava até ontem 638 vítimas. Segundo os boletins da prefeitura, deste total, 68 ocorreram neste mês, a maioria entre pessoas de 50 a 59 anos. Caso o ritmo persista, junho deve se tornar o terceiro mês com mais óbitos na pandemia, ultrapassando maio, quando 76 moradores faleceram pela Covid-19.

Hospitais

A alta de infecções e mortes pelo coronavírus tem pressionado o sistema de saúde do município desde a segunda semana de junho. Segundo os dados de ocupação de leitos divulgados pela prefeitura diariamente, com exceção dos finais de semana, do dia 9 ao dia 22, Americana permaneceu com pelo menos 195 leitos de UTI e de enfermarias ocupados por pacientes com Covid-19 ou suspeita da doença.

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Este nível de ocupação, acima de 190, só havia sido registrado por um dia no município até então, no final de março, no pico da segunda onda. Nesta quarta-feira, porém, os números trazidos pela prefeitura apontavam 188 leitos ocupados de 191 disponíveis nos quatro hospitais da cidade.

Apesar de um novo agravamento da crise, há poucas restrições impostas pelo poder público à circulação de pessoas e atividades. Pressionada por vereadores na semana passada, a Prefeitura de Americana preferiu intensificar fiscalizações em pontos de aglomeração durante à noite, como bares e casas de eventos.

Para o infectologista André Giglio Bueno, do Observatório da PUC-Campinas sobre a Covid-19, a falta de medidas que promovam o isolamento é um problema. “Não tendo adoção de medidas mais restritivas, mais rígidas, a gente vai ficar nesse patamar elevado de casos. As pessoas vão continuar se expondo e a gente não tem uma cobertura vacinal ainda tão alta que consiga frear essa elevação de casos”, comentou.

*Colaborou Ana Carolina Leal

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