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SAÚDE

Sumaré registra segunda morte por dengue em 2024 e região chega a cinco óbitos

Última vítima é um homem de 44 anos, morador da região central; ele tinha comorbidades

Por Rodrigo Alonso

02 de maio de 2024, às 14h56

A Secretaria de Saúde de Sumaré registrou a segunda morte causada por dengue no município neste ano. A vítima é um homem de 44 anos, que morava na região central. Agora, a RPT (Região do Polo Têxtil) soma cinco óbitos pela doença em 2024.

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O morador de Sumaré começou a apresentar os sintomas em 20 de março e morreu em 2 de abril, mas a causa foi confirmada pela prefeitura na última terça-feira (30), após a Vigilância Epidemiológica receber o resultado o exame feito pelo Instituto Adolfo Lutz.

De acordo com a administração, ele tinha comorbidades e estava internado no Hospital Estadual Sumaré.

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A primeira morte por dengue neste ano em Sumaré tinha sido registrada pela prefeitura na última segunda. Trata-se de um homem de 63 anos, que residia na região do Picerno e faleceu no último dia 8. Em 2024, na região, também houve duas mortes em Americana e uma em Santa Bárbara d’Oeste.

Até a tarde desta quinta, a cidade havia contabilizado 2.569 casos de dengue em 2024. A RPT também registrou outros 6.952 ocorrências da doença neste ano: 1.216 em Americana, 869 em Hortolândia, 2.552 em Nova Odessa e 2.315 em Santa Bárbara.

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Também há 15 óbitos em investigação com suspeita de terem sido causados por dengue: três em Americana, sete em Hortolândia, quatro em Nova Odessa e um em Santa Bárbara.

Sintomas e alertas

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

  • Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.
  • Dor de cabeça
  • Prostração
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Dor atrás dos olhos (retroorbital)
  • Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.
  • Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que “nada para na barriga”), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por “dor de barriga”, que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Pele pálida e fria
  • Inquietação/irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.
  • Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

  • Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma “imaturidade” do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez – situação que tende a ser mais perigosa.
  • Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos “desatualizados” favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.
  • Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.
  • Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.
  • Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades – crianças muito pequenas e idosos – têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

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