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violência

Preso por matar ex e jogar corpo no bueiro pode ter de pagar indenização

MP pediu nesta segunda a reparação para família em denúncia sobre crime ocorrido em Santa Bárbara, em setembro

Por Cristiani Azanha

19 de dezembro de 2023, às 07h40

O MP (Ministério Público) denunciou, nesta segunda-feira (18), um homem de 24 anos pela morte da ex-namorada. José Albert Menezes confessou que matou a vítima, Maria Carolina Almeida Vieira, 26, por asfixia, e depois jogou o corpo dentro de um bueiro no Jardim Pérola, em Santa Bárbara d’Oeste.

Crime ocorreu em 18 de setembro, mas cadáver só foi localizado após mais de um mês – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

O promotor Rodrigo Aparecido Tiago pediu à Justiça que o suspeito fosse encaminhado ao Tribunal do Júri e que também fixasse indenização por danos morais cometidos à família da vítima.

O crime ocorreu no dia 18 de setembro, mas o cadáver só foi localizado após mais de um mês por um funcionário de uma empresa de telefonia.

O acusado vai responder por feminicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, asfixia, recurso que dificultou a defesa, violência doméstica e familiar e ocultação de cadáver.

José foi preso enquanto trabalhava como repositor em um hipermercado em Santa Bárbara e continua detido. Se condenado, ele pode pegar mais de 30 anos de prisão.

Maria Carolina Vieira tinha 26 anos e foi morta por asfixia – Foto: Reprodução/Redes Sociais

O pai da vítima, Arnaldo de Jesus Vieira veio somente com o dinheiro da passagem de São José da Tapera, em Alagoas, para Santa Bárbara, para conseguir a liberação do corpo.

Ele só conseguiu fazer o translado com a ajuda da Prefeitura de Santa Bárbara, que cobriu os custos.

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“Espero que a justiça seja feita e que ele pague por tudo que fez com a minha filha. A família está sofrendo muito”, desabafou o pai ao LIBERAL.

O suspeito teria matado a vítima porque ela não queria continuar a relação.

“O acusado, movido pelo torpe sentimento de posse sobre a mulher, com intenção homicida e obviamente assumindo o risco de produzir o resultado de morte, passou a agredi-la e, mediante recurso que dificultou a defesa da ofendida, matou Maria Carolina com um ‘mata-leão’”, cita trecho do documento do MP.

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INVESTIGAÇÃO

O inquérito policial sobre o caso foi conduzido pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).

A delegada Nathália Alves Cabral disse que a Polícia Civil acionou todas as perícias possíveis para confirmar a identidade da vítima.

“Também fizemos todas as oitivas possíveis com familiares, tanto da vítima como do acusado, além de algumas pessoas conhecidas, como a proprietária da casa onde eles moravam. Todos afirmaram que o relacionamento era conturbado.”

Apesar do laudo do IML (Instituto Médico Legal) de Americana não comprovar a causa da morte, a delegada concluiu o inquérito como feminicídio.

“Nos baseamos pela própria confissão do investigado e sobre as circunstâncias do ocorrido. Por isso, encaminhamos a apuração ao MP com o pedido de prisão preventiva. Temos indícios de que ele não aceitou ser confrontado pela mulher, que teria afirmado que teve outros relacionamentos. Mais uma vez o caso se repete, em que o homem acha que a companheira é propriedade”, enfatizou a delegada.

O LIBERAL teve acesso ao laudo do IML que atesta que “a cabeça da vítima não foi localizada devido à desarticulação por razões ambientais como fauna necrófaga, temperatura e umidade.”

A reportagem não conseguiu localizar o advogado do acusado.

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