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TRÂNSITO

‘Nosso sentimento não é de vingança, mas de Justiça’, diz pai de jovem atropelado na Av. Santa Bárbara

Família de Murilo Cabulão, de 18 anos, cobra respostas para o caso, que ocorreu em abril

Por Cristiani Azanha

30 de junho de 2024, às 08h43 • Última atualização em 30 de junho de 2024, às 08h44

Murilo Cabulão tinha 18 anos – Foto: Arquivo Pessoal

O atropelamento que matou o jovem Murilo Carvalho Cabulão, de 18 anos, completou dois meses na última sexta-feira e continua sem um desfecho. A bicicleta da vítima foi atingida por um carro, supostamente em alta velocidade, na Avenida Santa Bárbara, no Mollon, em Santa Bárbara d’Oeste. A família de Murilo cobra Justiça e diz que pretende processar o motorista que causou o acidente e fugiu.

Dias depois o atropelamento, o condutor foi identificado pela polícia como sendo Vinícyus de Araújo Pinheiro, de 22 anos. Ele esteve no 2º Distrito Policial, acompanhado de advogado e responde em liberdade por homicídio culposo e fuga do local do acidente.

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Para o advogado Dinael de Souza Machado Júnior, que representa a família da vítima durante as investigações, todas as providências necessárias serão tomadas para viabilizar a apuração detalhada do caso.

“Temos informações de que ele estaria consumindo bebida alcoólica antes do acidente. Estamos à procura de imagens de câmeras e à procura de testemunha que ajude a esclarecer o ocorrido”, disse ao LIBERAL.

Mãe de Murilo, a vendedora Michele de Carvalho diz que ainda não conseguiu se recuperar da perda do filho e afirma que nem sabe se esse dia ainda vai chegar. “O acidente que matou Murilo ocorreu perto do Dia das Mães e nesta terça-feira [dia 25 de junho], ele completaria 19 anos. Tinha uma vida toda pela frente”, desabafou Michele.

O padrasto do jovem, o motoboy Thiago Guedes, que trabalhava em um restaurante junto com o enteado, afirma que a família está inconformada pelo acidente. “O garoto tinha uma vida pacata. Na noite do atropelamento, ele foi com um amigo até uma balada, mas como não conseguiu entrar, porque tinha perdido o RG, ele estava retornando para casa quando tudo aconteceu. Ele estava a dez minutos da nossa residência”, lembrou.

Para o pai do jovem, o operador de logística Alexandre Cabulão, a família espera que o motorista que causou o acidente seja responsabilizado. “Nosso sentimento não é de vingança, mas Justiça. As imagens mostraram que o condutor estava em alta velocidade e depois do impacto, nem parou para socorrer o nosso garoto”, cobrou Alexandre.

Veículo ficou destruído após atropelamento de jovem na Avenida Santa Bárbara – Foto: Paula Nacasaki/Liberal

A reportagem entrou em contato com a defesa do motorista, que preferiu não se manifestar. Quando esteve na delegacia, dois dias depois do acidente, o condutor afirmou que não tinha ingerido bebida alcoólica. Ele alegou que estava a 80 km/h – a velocidade na via é de 70 km/h – quando atingiu Murilo e disse ter passado mal no momento, em razão de uma síndrome chamada Doença de Crohn, que afeta o sistema digestivo.

O delegado Gabriel Fagundes de Toledo, que coordena a apuração, antecipou que a Polícia Civil já trabalha com a possibilidade de excesso de velocidade. Isso porque os agentes analisaram as imagens captadas por câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao local do acidente.

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