O motorista do Volkswagen Golf que atropelou e matou o jovem Murilo de Carvalho Cabulão, de 18 anos, em Santa Bárbara d’Oeste, se apresentou no 2º DP (Distrito Policial) na manhã desta terça-feira (30) e foi liberado após prestar depoimento.

À Polícia Civil, ele disse ter passado mal no momento do acidente, ocorrido no último domingo, em razão de uma síndrome chamada Doença de Crohn, que afeta o sistema digestivo.

O motorista, identificado como Vinícyus de Araújo Pinheiro, de 22, anos, também afirmou que não tinha ingerido bebida alcoólica e alegou que estava a 80 km/h quando atingiu Murilo.

Porém, com base em imagens captadas por câmeras de segurança, a polícia acredita que a velocidade era maior. O limite nesse trecho é 70 km/h.

O veículo usado por ele também chegou ao 2º DP nesta terça e passará por perícia. O acidente ocorreu na Avenida Santa Bárbara, no Jardim Mollon.

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Vinícyus deixou o local sem prestar socorro, mas a Polícia Civil conseguiu identificá-lo por meio da placa, que caiu no asfalto no dia do acidente. Depois do atropelamento, ele ainda se chocou com a traseira de outro carro, um Chevrolet Corsa. Ninguém se feriu nesta última batida.

No depoimento ao delegado Yan Loui Adania de Queiroz, ele disse que não se recorda do atropelamento, pois desmaiou e foi acordado pela namorada, que estava ao seu lado no veículo e também será ouvida pela polícia nos próximos dias.

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O 2º DP instaurou inquérito sobre o caso e vai averiguar se houve dolo. Mas, a princípio, Vinícyus será indiciado por homicídio culposo qualificado e omissão de socorro. A polícia ainda busca novas imagens e testemunhas oculares. As informações foram apuradas pelo LIBERAL na delegacia.

Outro lado

Nesta segunda, em comunicado à imprensa, a defesa de Vinícyus classificou o acidente como triste fatalidade e afirmou que o atropelamento ocorreu sem qualquer premeditação ou intenção maliciosa.

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“Foi um momento terrível que alterou vidas em questão de segundos e deixou um rastro de luto e desespero. O jovem (motorista) está devastado pela dor e pelo peso do que aconteceu e ele compreende a magnitude dessa perda para todos os envolvidos”, escreveu o advogado Murilo Medrado Novaes, do escritório Moraes Sarmento.

A reportagem tentou novo contato com ele nesta terça, mas as ligações não foram atendidas.