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SAÚDE

Ministério da Saúde confirma envio de vacina contra a dengue para Americana e região

Lista divulgada nesta quinta reúne 154 municípios, entre eles os cinco da RPT; aplicação deve começar na próxima semana

Por Rodrigo Alonso

28 de março de 2024, às 12h28

O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (28) que as cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) receberão vacina contra a dengue, para aplicação em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

A expectativa é que a imunização comece já na próxima semana, a depender do processo de remanejamento próprio de cada localidade.

Nesta quarta, o ministério já havia dito que enviaria doses para a RMC (Região Metropolitana de Campinas), mas, na ocasião, não informou quais cidades da região seriam contempladas.

Imunizante será aplicado em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos – Foto: Claudeci Junior/Liberal

Em lista divulgada nesta quinta, a pasta cita os 154 novos municípios beneficiados, entre eles Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré. Das 20 cidades da RMC, apenas Engenheiro Coelho não aparece nessa relação.

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Neste ano, há 410 casos de dengue registrados em Americana, 372 em Hortolândia, 980 em Nova Odessa, 926 em Santa Bárbara e 936 em Sumaré.

Município com maior número de ocorrências, Nova Odessa declarou estado de emergência no último dia 15.

Segundo o Ministério da Saúde, o público de 10 a 14 anos concentra a maior proporção de hospitalização pela doença. O esquema vacinal tem duas doses, aplicadas num intervalo de três meses entre elas.

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O ministério recebeu nova remessa de doses contra a doença. Ao todo, 930 mil doses serão distribuídas para os 521 municípios inicialmente selecionados e para os 154 agora contemplados com a ampliação da distribuição.

“Enviaremos uma parte dessas doses para repor as que foram remanejadas em municípios inicialmente contemplados. Assim, garantiremos a continuidade da vacinação em locais com dose por vencer agora e que vão redistribuir. Nós também vamos garantir doses para aqueles municípios que estão vacinando bem, para que eles continuem a estratégia de vacinação”, disse Eder Gatti, diretor do DPNI (Departamento do Programa Nacional de Imunização).

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Conforme o LIBERAL noticiou, em Americana, que viveu epidemias históricas em 2014 e 2015 e surtos em 2019 e 2022, a busca por vacinas contra a dengue na rede particular de saúde tem sido alta, já que, inicialmente, a cidade havia ficado de fora da lista do Ministério da Saúde.

Sintomas e alertas

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

  • Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.
  • Dor de cabeça
  • Prostração
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Dor atrás dos olhos (retroorbital)
  • Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.
  • Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que “nada para na barriga”), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por “dor de barriga”, que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Pele pálida e fria
  • Inquietação/irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.
  • Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

  • Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma “imaturidade” do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez – situação que tende a ser mais perigosa.
  • Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos “desatualizados” favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.
  • Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.
  • Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.
  • Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades – crianças muito pequenas e idosos – têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

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