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Covid-19

Com quatro mortes, casa de repouso pede ‘desculpas’ por não conseguir evitar coronavírus

Casa de repouso Flor de Liz Residence disse que, mesmo com todos os esforços, não conseguiu evitar o "inimigo invisível"

Por Marina Zanaki

08 de junho de 2020, às 16h33 • Última atualização em 10 de junho de 2020, às 14h14

A casa de repouso Flor de Liz, que registrou quatro mortes em residentes por conta do novo coronavírus (Covid-19), pediu desculpas por não ter conseguido impedir a contaminação pelo vírus.

Em nota, a instituição disse que, “apesar de todos os esforços”, não conseguiu evitar o surto e que lamenta “profundamente” as quatro perdas.

Outros sete residentes e sete funcionários testaram positivo para a doença. Uma residente cumpre isolamento até a próxima quarta-feira e está clinicamente bem. Os demais infectados se recuperaram e a instituição disse que o surto está encerrado.

“Viemos a público pedir desculpas por não conseguir evitar o ‘inimigo invisível’, apesar de todos os esforços, e para agradecer o trabalho e o empenho de nossos profissionais que, apesar de toda a incerteza que esse vírus causa, se vestem de camadas de EPIs e de coragem, mantendo o isolamento de seus familiares para dar continuidade ao tratamento humanizado que tanto é prezado no Flor de Liz Residence”, disse a instituição, por meio de nota enviada ao LIBERAL.

A casa de repouso explicou que realizou dois treinamentos internos para os funcionários sobre os cuidados necessários. O primeiro treinamento foi realizado no dia 13 de março.

“Mais um treinamento foi realizado internamente no dia 7 de abril para reforçar o uso de EPIs (máscara, luvas, óculos de proteção e touca) e a importância da troca e higienização, afinal ainda se trata de algo desconhecido para a medicina, cujo controle se torna desafiador”, afirmou a casa de repouso.

Instituição se desculpou publicamente após mortes por coronavírus de pacientes do local – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

SURTO

O advogado José Almir Curciol, representante da Flor de Liz, disse que a instituição interrompeu o contágio e que o surto chegou ao fim.

“Restou ao Flor de Liz estender as medidas para chegar no ponto que estamos hoje. A casa está segura, não há mais perigo de contágio e o coronavírus foi extirpado”, afirmou.

Novas medidas de proteção foram adotadas pela instituição, somadas ao que já vinha sendo realizado.

Ele apontou o uso de máscaras N95 (modelo hospitalar) em substituição às máscaras de tecido; aventais descartáveis; uso de copos, pratos e talheres descartáveis; desinfecção de sapatos dos funcionários ao entrar no estabelecimento.

MORTES
Quatro idosas que moravam na casa de repouso Flor de Liz morreram entre o final de maio e início de junho.

Duas idosas de 69 e 71 anos morreram no dia 23 de maio. Uma idosa de 83 anos morreu no dia 1° de junho, e, no último dia 4, uma residente de 81 anos, que estava internada na UTI, também não resistiu ao coronavírus e morreu.

Vistoria realizada pelo Comitê de Crise de Americana constatou que a instituição cumpriu as regras de prevenção à doença.

A suspeita do médico Arnaldo Gouveia Junior, que realizou a vistoria na casa de repouso, é que um funcionário assintomático tenha iniciado a transmissão no local.

“Agradecemos as visitas médicas que nos incentivaram e elogiaram a conduta preventiva da equipe interna, em especial ao dr. Arnaldo Gouveia Junior, infectologista e membro do Comitê de Gestão de Crise de Americana, e ao dr. Gustavo Quinteiro, Superintendente da Unimed Americana Santa Bárbara d’Oeste, que tem acompanhado a nossa rotina de trabalho”, disse a instituição.

Atualmente, a casa de repouso Flor de Liz conta com 23 residentes.

Podcast Além da Capa
A relação de Americana com Santo Antonio, o padroeiro da cidade, completa 120 anos em 2020, mas a festividade em torno da data foi forçada a ser revista por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Desde o início da quarentena, em março, as missas realizadas na Basílica não contam com a presença de fieis mas o contato é mantido por transmissões pelo Facebook. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o administrador paroquial da basílica, o padre Valdinei Antonio da Silva. A necessidade do cancelamento de outros eventos da comunidade católica, como as festas de São João de Carioba e do Senhor Bom Jesus, também é abordada com os padres Marcos Ramalho e Marcelo Fagundes.

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