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ELEIÇÕES 2024

Rafael Piovezan fala em novo estádio para receber o União Barbarense

Atual prefeito e candidato à reeleição em Santa Bárbara estuda utilizar algum campo da prefeitura ou fazer parceria; estádio do União foi arrematado para pagamento de dívidas trabalhistas

Por Gabriel Pitor

12 de setembro de 2024, às 08h00 • Última atualização em 12 de setembro de 2024, às 08h08

Um novo estádio municipal com grama sintética e que poderá receber jogos do União Barbarense. Esta é a proposta do atual prefeito de Santa Bárbara d’Oeste e candidato à reeleição, Rafael Piovezan (PL), para manter a tradicional agremiação da cidade ativa no futebol, ainda que perca o estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães, arrematado por R$ 11,13 milhões em leilão realizado em dezembro de 2021 para pagamento de dívidas trabalhistas. O clube ainda tenta recursos.

A ideia foi apresentada no segundo dia das sabatinas do Grupo Liberal, que foi ao ar nesta quarta-feira (11) nas rádios Zé (FM 76,3) e Gold (FM 94,7) e nas páginas do LIBERAL no Facebook e no YouTube.

Atual prefeito de Santa Bárbara, Rafael Piovezan (PL) durante sabatina do LIBERAL, nesta quarta – Foto: Leonardo Matos/Liberal

O candidato reafirmou na entrevista que não é possível fazer o tombamento do estádio do União, embora este movimento tenha ganhado força entre torcedores e tenha sido abraçado por outros grupos políticos. O Codepasbo (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santa Bárbara d’Oeste) deu parecer contrário ao tombamento.

Diante da situação, Piovezan propõe a construção de uma praça de esportes, por meio de recursos próprios ou parcerias, que também poderia receber o Leão da 13.

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O candidato do PL tem 42 anos. Biólogo concursado da prefeitura, ele também foi vice no segundo mandato de Denis Andia, entre 2017 e 2020, além de secretário de Meio Ambiente e diretor-superintendente do DAE.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista, que pode ser assistida na íntegra no site do LIBERAL. As sabatinas com os postulantes à Prefeitura de Santa Bárbara continuam na próxima segunda (16) e o entrevistado será Eliel Miranda (PSD). A transmissão ocorre das 20h15 às 21h15.

LIBERAL | Se o senhor for eleito prefeito de Santa Bárbara, qual vai ser a sua primeira medida?

Você tem de olhar para toda a estrutura da prefeitura e analisar quais são as propostas que se conectam ao que já existe e ao que a gente vem desenvolvendo na cidade.

Nós temos ações fundamentais que estão em andamento. Um exemplo delas é área da saúde, que a gente vem fazendo diferentes e importantes investimentos estruturais para aumento da capacidade de execução de serviços. Entre esses investimentos, nós temos o Cidade Saúde. Do lado do Atacadão, na Avenida Santa Bárbara, temos um prédio de quatro pavimentos, 4 mil m², onde vamos levar toda a estrutura que hoje está dispersa em imóveis alugados.

Do ponto de vista de infraestrutura, nós teremos algumas ações para assinatura de convênio e ordens de serviço, como o asfaltamento do Distrito Industrial.

LIBERAL | O senhor prevê no seu plano de governo diversas construções de unidades de saúde básicas e especializadas. Como viabilizar todas essas estruturas e mantê-las funcionando? Já existe algum processo em andamento para essas obras?

A viabilização desse tipo de empreendimento é fundamental. Nós temos dois complexos de saúde atendendo, um no Pérola e outro no Jardim Europa, entregamos um laboratório de análise clínicas, um CAPS Infantil [Centros de Atenção Psicossocial], o Cidade Saúde e o Centro de Referência da Saúde da Mulher, todas com a essa condição [de ser viável].

Os novos complexos de saúde que nós estamos propondo vão ser construídos em três regiões e são unidades diferenciadas em relação a uma UBS [Unidade Básica de Saúde], porque elas têm uma estrutura maior. Esses novos complexos vão conseguir completar todo o território da cidade. Nós já temos dois com recursos prontos, já garantidos, então vão ser construídos um na zona sul e outro no Mollon. No caso da zona sul, também haverá atendimento em odontologia, com cinco ou seis consultórios. Agora, vamos buscar recursos para o terceiro complexo, da região central.

Nós temos condições de manter essas estruturas. Temos demonstrado isso com o nosso equilíbrio fiscal e com o índice de gastos com folha de pagamento.

LIBERAL | Ainda no âmbito da saúde, outros candidatos estão prometendo construir um hospital municipal em Santa Bárbara. No seu plano de governo, o senhor parte para um outro caminho. Por que não um hospital? O Hospital Santa Bárbara dá conta da demanda da cidade?

O que eu vejo é que qualquer político fica seduzido em falar para as pessoas que ele quer construir um hospital. Quando a pessoa não sabe direito o que fazer, ela fala isso. Nós termos de ter responsabilidade. O hospital tem uma parcela de atendimento que é fundamental, mas por trás deste hospital tem uma maioria esmagadora dos atendimentos acontecendo na atenção básica. São raríssimos os casos que a pessoa tem de migrar para um hospital, por isso é fundamental esse trabalho que fizemos com os complexos de saúde. Os complexos conseguem chegar a uma parcela muito maior da população. Fizemos ampliações nos dois prontos-socorros nesses últimos meses. Se tivermos a oportunidade, claro que a gente vai batalhar por isso.

LIBERAL | Então, hoje, Santa Bárbara consegue atender toda a demanda?

Hoje, nós temos uma estrutura de saúde que, de fato, atende com capacidade. É uma estrutura robusta que precisa se aperfeiçoar. Se você perguntar para mim do Hospital Santa Bárbara, nós temos o maior convênio da história lá, a gente ampliou recentemente os leitos de pediatria da enfermaria, passamos de oito para 20 leitos públicos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], agora em setembro vamos iniciar os tão sonhados 10 leitos de UTI pediátrica. Veja bem, hoje nós temos um hospital que funciona, é filantrópico, tem 75 anos de história e que atende todo mundo. Vocês perguntam sobre viabilidade de algo e essa pergunta é fundamental para quem acredita em um sedutor que fala que vai construir um hospital.

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LIBERAL | Na Educação, de 2023 para cá o LIBERAL noticiou algumas reclamações referentes a esse setor, como falta de proteína em merenda, substituição de monitores por estagiários e suspensão de transporte escolar para moradores do Bosque das Árvores. Em uma das ocasiões, a prefeitura apontou como justificativa a queda de arrecadação. Mas na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] de 2025 houve uma redução na verba destinada à Educação em comparação ao orçamento de 2024: de R$ 218 milhões para R$ 201 milhões. O que justifica essa diminuição? Como equilibrar essa questão financeira com a necessidade de fazer investimentos?

Creio que essas situações são pontuais. Nós estamos tomando todo o cuidado possível para que elas não se repitam. Nós temos um dispositivo legal que regulamenta 25% de investimento na Educação. Creio que fechando o ano passado, talvez tivemos o maior investimento dos últimos anos. Se a gente analisar o que eram os repasses do Fundo de Participação dos Municípios e ver agora, nós tivemos a maior queda no ano passado. Isso impactou. Todas as cidades tiveram essa queda. Mas a redução para 2025 é na previsão. Quando for executar, na prática, não vai ser isso, porque o serviço vai ampliar.

O candidato Rafael Piovezan durante entrevista no estúdio da rádio Gold – Foto: Leonardo Matos/Liberal

LIBERAL | Como o senhor pretende lidar com a reivindicação do tombamento do estádio do União Barbarense, que se tornou uma pauta política? Acha que isso tem prejudicado sua candidatura?

Em nenhum momento escutei alguém dizer que vai fazer uma demolição do estádio. Nós temos um grupo de pessoas que amam muito o União, assim como eu, e tem um grupo político ligado a candidatos que tratam disso [do tombamento].

Conversei com o pessoal da TUSB [Torcida Uniformizada Sangue Barbarense] e eles estão cientes. O ponto talvez seja pensar onde o União vai jogar quando terminar todo esse processo. E ainda tem os recursos, pode ser que reverta. O pessoal já me apresentou situações análogas sobre o tombamento que foram consideradas fraude processual. O barbarense não me colocou na prefeitura para cometer fraude processual.

LIBERAL | No seu plano de governo, há a proposta de construir um estádio de grama sintética e com arquibancadas. Há alguma relação com essa situação do estádio do União?

É isso. Nesse estádio a gente pretende ter um convênio com o União. Nós temos propostas de utilizar um campo nosso ou a gente já está visualizando construir em outro local. Não quero avançar nisso agora porque tem algumas negociações que envolvem a iniciativa privada.

LIBERAL | Não consta nada no seu plano de governo sobre o aterro sanitário de Santa Bárbara, que está interditado pela Cetesb [Companhia Ambiental do Estado de São Paulo] desde 2022. Realmente existe um plano para o local? Você chegou a falar na possibilidade de contratar uma empresa para ter uma usina de geração de energia por meio do lixo. Houve algum avanço nesse sentido?

Em poucos meses, o aterro deverá ser liberado. Nós cumprimos todos os requisitos lá. Dentro do plano de governo, temos a geração de energia por meio do resíduo sólido domiciliar. Está atrelado ao aterro. Nós vamos transformar lá em uma usina.

LIBERAL | Os últimos dados do Painel Saneamento Brasil apontam que, em 2022, o índice de perda de água em Santa Bárbara era de 54%. Também identificamos que, ultimamente, tem havido mais reclamações sobre falta de água na cidade. Como resolver essas questões?

Nós temos uma média muito menor do que qualquer cidade da região com relação a vazamentos. Falo isso com a certeza de quem trocou 24 km de rede no centro de Santa Bárbara. Acho que esses 54% a gente já reduziu para 47%, 48%. Os investimentos são diários no controle de perdas na setorização. O DAE [Departamento de Água e Esgoto] tem um plano de perdas contratado.

LIBERAL | Mas candidato, o senhor falou que Santa Bárbara tem a menor média de vazamentos da região, e pegando os seus 47% de perda de água. Em Americana, a perda de água é de 45% e o município tem problema recorrente com vazamentos. Se não é nos vazamentos, onde está a perda de água de Santa Bárbara?

Está ligada aos hidrômetros. Se você fizer as trocas, 15% a 20% da perda são hidrômetros. O hidrômetro tem desgaste, é uma estrutura mecânica. Por meio da setorização vamos descobrir esses problemas, porque aí você consegue medir quanto está mandando de água para aquele setor e quanto esses equipamentos marcaram. E substituição de redes e adutoras, a gente precisa seguir nisso.

LIBERAL | Houve rumores de um racha entre o senhor e o ex-prefeito Denis Andia, seu aliado político. Isso ocorreu? E por que o apoio dele ao senhor foi confirmado tão em cima da hora?

Nunca ocorreu. Isso é mais uma fábula criada para romper o grupo. Nunca tive um problema de discussão com o Denis. O Denis foi para Brasília, uma escolha importante para trazer recursos para nós, e eu sempre cumpri todas as situações que a gente combinou. Não acho que foi um apoio tardio dele. Pelo contrário, acho que o MDB é uma peça que ajuda a nossa coligação.

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