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INVESTIGAÇÃO

PF conclui que houve ‘injúria real’ em tumulto entre Moraes e família barbarense

Não haverá indiciamento por conta de o crime ser considerado de “menor potencial ofensivo” e por ter acontecido fora do Brasil

Por Gabriel Pitor

16 de fevereiro de 2024, às 07h54

A PF (Polícia Federal) concluiu que o empresário Roberto Mantovani Filho, de Santa Bárbara d’Oeste, cometeu crime de “injúria real” contra o filho do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O relatório foi juntado nesta quinta-feira (15) ao inquérito do caso, que vem sendo acompanhado pelo Supremo.

Imagem do momento em que Roberto Mantovani teria agredido o filho de Moraes – Foto: Reprodução

Ainda no documento é dito que não haverá indiciamento por conta do crime de injúria real ser considerado de “menor potencial ofensivo” e por ter acontecido fora do Brasil.

Com o resultado das investigações, o advogado de Mantovani e sua família acredita que o caso será arquivado pelo MPF (Ministério Público Federal).

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O empresário e sua esposa Andréia Munarão, bem como o genro Alex Zanatta Bignotto, todos de Santa Bárbara, foram investigados pela PF desde julho de 2023.

Eles são acusados de terem hostilizado Moraes e no caso de Mantovani ter agredido o filho do ministro.

A confusão se deu no aeroporto internacional de Roma, no momento em que a família do empresário e da autoridade aguardavam um avião para retornar ao Brasil, por volta das 18h30 (horário local) do dia 14 de julho de 2023.

A PF analisou tanto um vídeo enviado pela defesa dos suspeitos, no qual o ministro teria chamado um dos supostos agressores de “bandido”, quanto imagens do circuito de segurança do aeroporto. Oitivas também foram realizadas.

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De acordo com a corporação, os vídeos do aeroporto mostram claramente que, às 18h39, Mantovani se aproxima do filho de Moraes e o atinge com um tapa no rosto com a mão direita, tendo deslocado o óculos do agredido.

Conflito

Na sequência, ainda segundo a PF, o filho do ministro revida, empurrando o empresário com o braço esquerdo. Por fim, um homem teria se colocado entre ambos para apartar o conflito. A polícia ainda destacou que as imagens não têm áudio, o que dificultou a avaliação.

“Tal conduta se amolda ao tipo penal de injúria real, previsto no Código Penal, que se caracteriza pelo emprego de violência ou vias de fato para ofender a dignidade ou decoro de alguém”, apontou relatório, assinado pelo delegado Hiroshi de Araújo Sakaki, em relação à Mantovani.

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Os demais membros da família barbarense não são citados na conclusão do documento.

Para o advogado da família barbarense, Ralph Tórtima Stettinger Filho, a conclusão do inquérito mostra que “essa investigação jamais poderia ter existido”. Ele acredita que o caso será arquivado pelo MPF.

O relatório será enviado ao MPF que irá emitir um parecer se haverá denúncia por algum crime, se o caso será arquivado ou se a PF ainda precisa fazer outras investigações. O parecer será submetido ao STF, que dará um veredito.

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