26 de abril de 2024 Atualizado 09:47

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Cadeia Alimentar II

Prefeitura de Americana confirma que terceiro alvo de operação é uma servidora

Administração se posicionou no fim da manhã desta terça-feira depois que foi apurado o envolvimento de dois secretários em investigação da PF

Por Leonardo Oliveira

26 de novembro de 2019, às 11h58 • Última atualização em 26 de novembro de 2019, às 23h00

Em nota divulgada no fim da manhã desta terça-feira, a Prefeitura de Americana confirmou que uma servidora da administração também foi alvo da operação Cadeia Alimentar II, deflagrada pela Polícia Federal. O nome dela não foi divulgado.

No final da tarde, o LIBERAL confirmou que se trata de Luciane Carloni Gomes de Assis. Ela é concursada no cargo de recepcionista hospitalar desde 2004, ocupa a função gratificada de encarregada de serviços 3 e trabalha no setor de Suprimentos.

Receba as notícias do LIBERAL pelo WhatsApp

Segundo o advogado Luiz Felipe Maganin, que a representa, seu trabalho é fazer a confecção dos editais de licitação, mandar para o jurídico e depois publicar. Ela nega ter praticado ou ter conhecimento de qualquer irregularidade.

O secretário de Negócios Jurídicos de Americana, Alex Niuri, foi preso, assim como o secretário de Governo, Juninho Barros, também.

Além disso, o executivo afirmou que o prefeito Omar Najar (MDB) não é investigado por esta operação e que as informações que tem até o momento é o que foi divulgado pela mídia.

Confira na íntegra a nota enviada pela administração.

“A Prefeitura de Americana recebeu a informação nesta terça-feira que dois dos seus secretários e uma servidora foram alvo de operação da Polícia Federal nesta manhã. Boa parte das informações que temos por enquanto é do que foi divulgado pela mídia. É necessário destacar que o prefeito Omar Najar não é sequer investigado por esta operação. Todas as questões sobre o assunto serão apuradas e esclarecidas devidamente assim que houver mais elementos”.

Alex Niuri é um dos principais secretários municipais da gestão do prefeito Omar Najar (MDB). Ao LIBERAL, o prefeito disse que não estava a par das prisões de agentes do governo.

Em abril de 2018, durante a primeira fase da Operação Cadeia Alimentar, a casa do secretário de Governo de Americana, Juninho Barros, foi alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão. Na época, Juninho disse que não havia nenhuma irregularidade.

Ouça o “Além da Capa”, um podcast do LIBERAL

A operação

A operação Cadeia Alimentar II investiga fraudes envolvendo a compra de merenda escolar entre 2013 e 2017. Entre os alvos da operação estão empresários, lobistas, servidores e ex-servidores públicos, uma vereadora, ex-prefeitos, secretários e ex-secretários de Governos – não foram divulgadas as cidades em que os políticos atuavam.

“A operação visa coletar elementos que complementem as informações obtidas em colaboração premiada formalizada por dois investigados junto a Polícia Federal e Ministério Público Federal, após terem sido alvos na primeira fase da investigação (maio de 2018)”, trouxe nota da Polícia Federal.

Segundo as apurações do MPF, “o esquema foi capitaneado por um frigorífico sediado na cidade de Brodowski, com o auxílio de outras firmas do mesmo grupo”.

As irregularidades sob investigação abrangem contratos para fornecimento de alimentação escolar nos municípios de Americana, Barretos, Barueri, Cubatão, Franca, Guarujá, Guarulhos, Iperó, Itapetininga, Jandira, Jarinu, Limeira, Marília, Morro Agudo, Paulínia, Peruíbe, Pirassununga, Porangaba, Rio Claro, São Carlos, São Roque, São Vicente, Sorocaba e Taquaritinga.

Em Sumaré, um mandado de prisão e outro de busca e apreensão foram cumpridos. O LIBERAL apurou que as investigações, entretanto, não envolveriam a prefeitura local, mas sim um morador que atuaria no governo de outro município. A PF não confirma as informações.

Se comprovada as ilegalidades, os investigados poderão responder, na medida de suas participações, pelos crime de organização criminosa, fraude à licitações, falsidade ideológica, corrupção ativa, prevaricação e corrupção passiva cujas penas, somadas, podem chegar a 28 anos de prisão.

Publicidade