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  Casa de Juninho Barros é alvo de ação da PF e do Gaeco

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Casa de Juninho Barros é alvo de ação da PF e do Gaeco

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OPERAÇÃO CADEIA ALIMENTAR

Casa de Juninho Barros é alvo de ação da PF e do Gaeco

Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de secretário de Governo de Americana; operação investiga fraude na merenda

Por João Colosalle

06 abr 2018 às 17:22

A casa do secretário de Governo de Americana, Juninho Barros, foi alvo de mandado de busca e apreensão da Operação Cadeia Alimentar, da Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (6).

Uma licitação para fornecimento de carne para merenda escolar na cidade é alvo de investigação da Polícia Federal e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público. Um contrato também é investigado em Santa Bárbara.

Foto: Arquivo / O Liberal
Casa de secretário de Governo da Prefeitura de Americana, Juninho Barros, foi alvo de operação nesta sexta

Juninho disse, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa da prefeitura, que “está tranquilo”.

A PF só informou que a residência de um “particular” foi alvo de mandado de busca e apreensão em Americana, mas não deu detalhes do que foi apreendido. Em nota, o secretário ressaltou que “colocou sua residência à disposição do processo investigativo e que nada de ilícito foi encontrado”.

“Esclarece ainda que, como secretário de Governo, realiza atendimento a diversos fornecedores da prefeitura, como a empresa em questão. O secretário reafirma que todos os esclarecimentos serão feitos e garante que nenhuma irregularidade existe”, informa a nota.

A Operação Cadeia Alimentar foi deflagrada nesta sexta-feira (6) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público para investigar um amplo esquema de fraude em licitações da merenda escolar.

Ao todo, os 180 agentes da PF cumpririam mandados de busca e apreensão em 32 municípios do Estado, entre eles, Americana e Santa Bárbara d’Oeste. De acordo com comunicado da Polícia Federal, “há a suspeita da conivência de servidores públicos municipais em alguns casos”.

Em nota, a Prefeitura de Santa Bárbara informou que recebeu ofício do Ministério Público Federal, através da Promotoria de Justiça local, solicitando o envio de informações – as quais foram disponibilizadas na manhã desta sexta-feira

A Prefeitura de Americana disse que não foi notificada oficialmente, mas tomou conhecimento da operação por meio da imprensa. Informou também que vai abrir sindicância para apurar os fatos.

ESQUEMA

A investigação revelou que o proprietário de distribuidoras de alimentos sediadas em Brodowski (SP), e seus funcionários, “associaram-se com representantes de outras seis distribuidoras de outras cidades do Estado para, em conjunto, fraudar licitações destinadas à compra de gêneros alimentícios, notadamente carne, para inclusão na merenda escolar e cestas básicas”.

Segundo a PF, os integrantes do grupo “se organizavam para ajustar de forma prévia a divisão de itens e preços ofertados e também para incluir produtos e exigências especificas em editais”.

As cidades alvo da operação são Aguaí, Altinópolis, Americana, Barretos, Cubatão, Guaíra, Guariba, Guarulhos, Iperó, Itápolis, Jaboticabal, Jandira, Jarinu, Limeira, Luiz Antônio, Mirassol, Mococa, Orlândia, Paulínia, Peruíbe, Pirassununga, Pontal, Promissão, Santa Rosa de Viterbo, Santa Bárbara d’Oeste, Santos, São Carlos, São Joaquim, São Roque, São Vicente, Sorocaba e Vargem Grande do Sul.

O Gaeco explicou que a investigação teve início em 2015 e descobriu que o frigorífico Mult Beef, com sede em Brodowski, pagava propina a três agentes da Receita Estadual para que impostos devidos fossem reduzidos.

“Suspeita-se que o empresário tenha deixado de recolher até R$ 32 milhões em tributos em troca do acerto para pagamento de propina no valor de R$ 1 milhão para três agentes da Secretária da Fazenda (Sefaz) da região”, diz a nota do MP.

A PF destacou que os investigados vão responder, na medida de suas participações, por associação criminosa, falsidade ideológica, fraude a licitações, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, com penas que podem atingir até 34 anos de prisão e multa.