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SAÚDE

Morador do Zanaga é a 5ª vítima da dengue em 2024, em Americana

Número é o segundo maior já registrado em série histórica no município

Por João Colosalle

19 de junho de 2024, às 18h33

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, nesta quarta-feira (19), a quinta morte causada pela dengue neste ano. A vítima é um homem de 39 anos, morador do bairro Antônio Zanaga, que morreu no dia 29 de maio.

Com o quinto óbito, a cidade registra o segundo número mais alto de vítimas da doença ao menos desde 2014, segundo dados da prefeitura. Em 2022, foram oito mortes, maior quantidade desde então.

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Além dos cinco óbitos confirmados, ainda há outros quatro sob investigação.

Veja o perfil das vítimas neste ano:
1) Homem, de 74 anos, morador do bairro Morada do Sol, que morreu no dia 26 de março
2) Mulher, de 76 anos, moradora do bairro Conserva, que morreu no dia 2 de abril
3) Mulher, de 45 anos, moradora do bairro Márcia Cristina, que morreu no dia 19 de abril
4) Mulher, de 68 anos, moradora do bairro Residencial Jaguari, que morreu no dia 20 de abril
5) Homem, de 39 anos, morador do bairro Antônio Zanaga, que morreu no dia 29 de maio

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No total, Americana tem 2.857 casos confirmados de dengue. O número é maior do que 2023 (568 casos), mas abaixo da última epidemia, em 2022 (4.302 casos). Na cidade, a faixa dos 35 a 49 anos é a quem mais se infectou neste ano. As mulheres, inclusive, são maioria entre as que são diagnosticadas com dengue, segundo dados do Governo de São Paulo.

Desde este mês, entretanto, a quantidade de confirmações tem reduzido. Historicamente, a dengue costuma ter picos entre março e maio, com uma redução nas infecções com a chegada das temperaturas mais frias.

Sintomas e alertas

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

  • Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.
  • Dor de cabeça
  • Prostração
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Dor atrás dos olhos (retroorbital)
  • Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.
  • Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que “nada para na barriga”), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por “dor de barriga”, que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Pele pálida e fria
  • Inquietação/irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.
  • Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

  • Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma “imaturidade” do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez – situação que tende a ser mais perigosa.
  • Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos “desatualizados” favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.
  • Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.
  • Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.
  • Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades – crianças muito pequenas e idosos – têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

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