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ARSENAL DE PRESO

Exército vai suspender registro de colecionador de gerente de posto preso por homicídio

Durante mandado de busca, Polícia Civil encontrou 80 armas de fogo, algumas delas não legalizadas, e munições na casa de Helio Leonardo Neto

Por Gabriel Pitor

19 de março de 2024, às 14h52

Armas, munições e outros objetos apreendidos na casa do autor do crime - Foto: DIG de Americana / Divulgação

O Exército Brasileiro abriu um procedimento para fazer o cancelamento e a suspensão do registro CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) do gerente de posto Helio Leonardo Neto, de 47 anos, preso preventivamente nesta segunda-feira (18) por manter 80 armas de fogo, algumas delas não legalizadas, e mais de 16 mil munições na casa onde vivia, na região da Praia dos Namorados, em Americana.

Ele também foi preso temporariamente neste domingo (17), no mesmo município, após ter confessado que matou Mônica Matias de Paula, 33, moradora da Avenida Comendador Thomaz Fortunato, no bairro Chácara Letônia.

Em entrevista ao LIBERAL após as prisões, o advogado Amilton Rodrigues, que representa Helio, destacou que o gerente de posto era colecionador de armas. “Tanto é que, no encontro onde houve a morte, ele foi desarmado”, disse o defensor.

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O arsenal foi encontrado pela Polícia Civil durante o cumprimento de um mandado de busca na casa do homem, aprovado pela Justiça devido ao então possível envolvimento do gerente de posto no assassinato de Mônica.

Ao chegar no local, os agentes se depararam com o armamento guardado em diversos cômodos da residência. Foram apreendidos pistolas de grosso calibre, garruchas, revólveres, espingardas calibre 12 e rifles, de uso permitido e restrito, além de armas de airsoft. Já entre as munições estavam cartuchos de calibres e armas diversos, inclusive, de fuzil.

No mesmo dia, Helio foi preso pela manhã no posto de combustível onde trabalhava, na Avenida Abdo Najar. Com ele, a polícia encontrou uma pistola 9 mm e o carro, um VW Virtus, que foi usado no homicídio de Mônica, segundo os investigadores.

Após questionamento da reportagem, o CMSE (Comando Militar do Sudeste), um dos comandos do Exército Brasileiro, informou que o cancelamento e a suspensão do registro CAC de Helio já foram providenciados.

O órgão militar ainda explicou que o procedimento administrativo será aberto com base no artigo 71, do decreto nº 10.030 de 2021 do governo federal, que prevê a possibilidade de suspensão do certificado na hipótese de ser identificada atividade realizada em desconformidade com o registro concedido à pessoa física ou jurídica.

Entre as infrações previstas em lei está a de armazenar PCEs (Produtos Controlados pelo Exército) sem autorização.

Entenda o caso que levou ao homicídio de Mônica

As investigações sobre o caso tiveram início após o registro do desaparecimento de Mônica, que sumiu no dia 4 deste mês. Na sexta-feira (15), o corpo dela foi encontrado em uma área rural no limite entre Americana e Limeira.

De acordo com o delegado Filipe Rodrigues de Carvalho, responsável pela ocorrência em conjunto com a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, foi realizada uma investigação aprofundada sobre o crime, até ser solicitado e aprovado pela Justiça um mandado de busca e apreensão em três endereços, cumpridos neste domingo.

Ainda segundo Filipe, Helio disse aos policiais que se relacionava com Mônica, que seria garota de programa. No entanto, ele supostamente vinha sendo ameaçado por ela quanto à exposição do vínculo, já que sua esposa é pastora de uma igreja em Americana.

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Segundo o advogado de Helio, os dois teriam se encontrado em duas ocasiões, para programas, mediante pagamento. Mônica, então, teria entrado em contato para um terceiro encontro. Ela, conforme relatou o advogado, queria manter um relacionamento. Helio teria negado e passado a ser ameaçado por Mônica.

O gerente contou ainda que sua esposa chegou a ser contatada por Mônica. Na oportunidade, de acordo com Helio, Mônica teria dito que iria contar aos fiéis da igreja sobre a “falsa vida e pregações” da pastora.

Por causa disso, ele teria combinado um encontro em Limeira, onde o assassinato foi cometido, nas proximidades de um shopping, com socos e esganamento. Depois disso, ele jogou o corpo em uma área rural do mesmo município, nas proximidades da empresa Suzano.

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Para a polícia, segundo o delegado do caso, Helio afirmou que estava arrependido do que fez. Em relação à pastora, mulher de Helio, não há indícios, por ora, de que ela tenha participado dos crimes investigados, segundo a polícia. Ela deverá ser ouvida na condição de testemunha.

A Polícia Civil já investigava o caso há alguns dias. Para chegar até Helio, os investigadores verificaram câmeras de monitoramento, realizaram oitivas e fizeram percursos para identificar onde Mônica poderia estar.

Para a prisão de Helio, neste domingo, a DIG fez campanas, usou drones e chegou a monitorar informações de Estações Rádio Base, que fazem a triangulação de sinais de celular. Segundo a polícia, Helio não ofereceu resistência e colaborou com as diligências.

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