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CRIME

Gerente de posto preso em Americana por morte de mulher tinha 80 armas e mais de 16 mil munições, segundo a polícia

Segundo a polícia, homem tem registro de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador); ele admitiu ter matado mulher e disse estar sendo alvo de ameaças

Por João Colosalle

18 de março de 2024, às 10h02 • Última atualização em 18 de março de 2024, às 10h59

O gerente de posto de combustível Helio Leonardo Neto, de 47 anos, preso neste domingo (17), em Americana pela morte da moradora Mônica Matias de Paula, de 33, mantinha 80 armas de fogo e mais de 16 mil munições na casa onde vivia, na região da Praia dos Namorados. A informação foi divulgada pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais), responsável pelo caso.

Segundo a polícia, Helio tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador), mas parte das armas não estaria legalizada. Ele admitiu ter matado Mônica por estar sendo ameaçado por ela.

No arsenal apreendido pela polícia estavam pistolas de grosso calibre, garruchas, revólveres, espingardas calibre 12 e rifles, de uso permitido e restrito, além de armas de airsoft. Já entre as munições estavam cartuchos de calibres e armas diversos, inclusive, de fuzil.

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De acordo com o boletim de ocorrência, o arsenal foi apreendido durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, neste domingo, no contexto da investigação sobre a morte de Mônica. As armas estavam guardadas em cômodos diversos da casa.

Também foram apreendidos aparelhos eletrônicos, como celulares, smartwatch, notebook e tablet, bem como uma pasta contendo documentos relacionados à regularização de armas de fogo diversas.

Armas, munições e outros objetos apreendidos na casa do autor do crime – Foto: DIG de Americana/Divulgação

Helio foi preso no início da manhã deste domingo no posto de combustível onde trabalhava, na Avenida Abdo Najar. Com ele, a polícia encontrou uma pistola 9mm e o carro – um VW Virtus – que foi usado no homicídio de Mônica, segundo os investigadores.

Após a prisão, ele foi ouvido na sede da DIG, onde admitiu ter matado Mônica esganada. Depois, foi encaminhado para a Cadeia de Sumaré. Além do crime de homicídio, ele deverá responder ainda por posse e porte ilegal de armas de fogo.

Ao LIBERAL, o advogado Amilton Rodrigues, que representa Helio, confirmou que ele tem registro de CAC. “Ele é colecionador de armas”, comentou. “Tanto é que no encontro onde houve a morte, ele foi desarmado”, disse o defensor.

Corpo de Mônica foi encontrado dois dias antes da prisão

As investigações sobre o caso tiveram início após o registro do desaparecimento de Mônica, que sumiu no dia 4 deste mês. Na sexta-feira (15), o corpo dela foi encontrado em uma área rural no limite entre Americana e Limeira.

Local onde o corpo foi encontrado na sexta-feira, em Limeira; no destaque Mônica Matias de Paula – Foto: Polícia Militar e Reprodução / Redes sociais

De acordo com o delegado Filipe Rodrigues de Carvalho, responsável pela ocorrência em conjunto com a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, foi realizada uma investigação aprofundada sobre o crime, até ser solicitado e aprovado pela Justiça um mandado de busca e apreensão em três endereços, cumpridos neste domingo.

Ainda segundo Filipe, Helio disse aos policiais que se relacionava com Mônica, que seria garota de programa. No entanto, ele supostamente vinha sendo ameaçado por ela quanto à exposição do vínculo, já que sua esposa é pastora de uma igreja em Americana.

Segundo o advogado de Helio, os dois teriam se encontrado em duas ocasiões, para programas, mediante pagamento. Mônica, então, teria entrado em contato para um terceiro encontro. Ela, conforme relatou o advogado, queria manter um relacionamento. Helio teria negado e passado a ser ameaçado por Mônica.

O gerente contou ainda que sua esposa chegou a ser contatada por Mônica. Na oportunidade, de acordo com Helio, Mônica teria dito que iria contar aos fiéis da igreja sobre a “falsa vida e pregações” da pastora.

Por causa disso, ele teria combinado um encontro em Limeira, onde o assassinato foi cometido, nas proximidades de um shopping, com socos e esganamento. Depois disso, ele jogou o corpo em uma área rural do mesmo município, nas proximidades da empresa Suzano.

Helio Leonardo Neto foi preso por morte de mulher em Americana – Foto: Reprodução/Redes sociais

Para a polícia, segundo o delegado do caso, Helio afirmou que estava arrependido do que fez. Em relação à pastora, mulher de Helio, não há indícios, por ora, de que ela tenha participado dos crimes investigados, segundo a polícia. Ela deverá ser ouvida na condição de testemunha.

A Polícia Civil já investigava o caso há alguns dias. Para chegar até Helio, os investigadores verificaram câmeras de monitoramento, realizaram oitivas e fizeram percursos para identificar onde Mônica poderia estar.

Para a prisão de Helio, neste domingo, a DIG fez campanas, usou drones e chegou a monitorar informações de Estações Rádio Base, que fazem a triangulação de sinais de celular. Segundo a polícia, Helio não ofereceu resistência e colaborou com as diligências.

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