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COVID-19

Com apenas três leitos de UTI vagos, Americana chega a 300 óbitos por Covid-19

Cidade tem 95% de ocupação de leitos intensivos nos quatro hospitais locais; enfermaria tem 79% de ocupação

Por João Colosalle/André Rossi/Marina Rossi

10 de março de 2021, às 16h09 • Última atualização em 10 de março de 2021, às 16h52

No mesmo dia em que o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, alcançou ocupação total em UTIs e em enfermarias da Covid-19, a cidade chegou a 300 mortes pela doença.

Na tarde desta quarta-feira (10), a prefeitura confirmou mais um óbito, de de um homem de 69 anos, morador do Parque da Liberdade, portador de doença cardiovascular. Ele estava internado no HM, morreu no dia 6 de março e foi a 300ª vítima na cidade.

A prefeitura divulgou também mais 65 casos positivos da doença. Agora, a cidade soma 11.984 confirmados e 11.237 recuperados. Há 20 pacientes internados com diagnóstico positivo da doença, 427 em isolamento e 91 casos suspeitos.

Ainda segundo os dados da prefeitura, nesta quarta, a ocupação dos leitos de UTI na cidade era de 95% considerando além do HM, outros três hospitais particulares. Nas quatro unidades, a ocupação das enfermarias atingiu 79%.

Veja abaixo a ocupação dos leitos de UTI, com respiradores

HospitalLeitosOcupados%
Hospital Municipal1515100%
São Lucas1111100%
São Francisco10770%
Unimed2323100%
Total595695%
Fonte: Prefeitura de Americana | Dados de 10/3/2021

Veja abaixo a ocupação dos leitos de enfermaria, sem respiradores

HospitalLeitosOcupados%
Hospital Municipal2323100%
São Lucas17953%
São Francisco14643%
Unimed2121100%
Total755979%
Fonte: Prefeitura de Americana | Dados de 10/3/2021

Na terça, o LIBERAL mostrou que o número de internados no HM atingiu o pico da pandemia. Entre casos suspeitos e confirmados, havia 35 pessoas hospitalizadas.

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Nesta quarta, o prefeito de Americana, Chico Sardelli (PV), anunciou um trabalho de adaptação no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi para permitir a ampliação de leitos de UTI e de enfermaria destinados à pacientes com o novo coronavírus (Covid-19).

A medida é uma reação da prefeitura ao aumento de casos de internações pela doença. Com isso, o hospital teria 60% de sua capacidade voltada para o atendimento de casos de Covid-19.

Em entrevista à Rádio Azul pela manhã, o prefeito disse que os esforços para a adaptação começam ainda nesta quarta-feira. A ideia é ampliar de 15 para 30 o número de leitos de UTI e de 23 para 30 as unidades de enfermaria.

“O HM é o único hospital público da cidade que atende SUS, que atende principalmente a população que mais precisa. Hoje, o trabalho feito pelo secretário [de Saúde] Danilo Carvalho Oliveira e do José Carlos Marzochi [diretor superintendente do HM] é fazer com que o hospital trabalhe 60% na questão da Covid-19”, explicou Chico.

O prefeito não falou em prazos para conclusão da adaptação e, consequentemente, da abertura dos leitos projetados. O LIBERAL questionou a prefeitura, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.

No início do mês, o HM contratou mais 13 profissionais de enfermagem: 11 técnicos de enfermagem e dois enfermeiros. Os profissionais foram fornecidos pela empresa Hygea por meio de um contrato já firmado para prestação de serviços e mão de obra.

Com as novas contratações, a ala de Covid passou a contar com nove enfermeiros, 55 técnicos e seis médicos, que atuam em regime de escala nos plantões. A medida foi necessária para lidar com a demanda, que registrou ocupação máxima de leitos UTI.

“Essa decisão é com base no agravamento do número de internações pela a doença em todo o País e principalmente na nossa região. É aquilo que vem ocorrendo na cidade de Americana também”, disse Chico.

Particulares

As altas taxas de ocupação atingem também a rede privada. Na terça-feira, a Unimed suspendeu atendimentos particulares nos hospitais de Americana e Santa Bárbara d’Oeste, e aumentou os leitos destinados ao atendimento do coronavírus.

A paralisação dos atendimentos particulares é temporária e foi adotada em função da alta procura pelo pronto-atendimento, internações e ocupações de leitos de UTI, segundo o hospital, que concent

“Nossa suficiência de rede é calculada para atender a nossa carteira de beneficiários, portanto, a medida de suspender temporariamente o atendimento particular visa proteger o cliente Unimed”, disse a empresa.

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