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Escalada de casos

Hospital Municipal tem recorde de internados desde o início da pandemia

Para atender demanda, Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi mobilizou cinco vagas de contingência

Por Marina Zanaki

10 de março de 2021, às 08h30

O Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, bateu recorde de internados em leitos do novo coronavírus (Covid-19). Entre casos suspeitos e confirmados, há 35 pessoas hospitalizadas no local. Segundo o próprio hospital, esse é o maior número de internados desde o início da pandemia.

Foi necessário mobilizar esta semana cinco leitos de contingenciamento. A enfermaria é composta por 18 leitos clínicos exclusivos para coronavírus, mas o hospital atende 23 pacientes sem respiradores.

O HM informou que tem administrado a realocação de leitos de outras alas, conforme o aumento da demanda. Do total de 15 leitos de UTI, 12 estão ocupados.

Entre casos suspeitos e confirmados, há 35 pessoas hospitalizadas no local – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

As altas taxas de ocupação atingem também a rede privada. A Unimed suspendeu atendimentos particulares nos hospitais de Americana e Santa Bárbara d’Oeste, e aumentou os leitos destinados ao atendimento do coronavírus.

A paralisação dos atendimentos particulares é temporária e foi adotada em função da alta procura pelo pronto-atendimento, internações e ocupações de leitos de UTI.

“Nossa suficiência de rede é calculada para atender a nossa carteira de beneficiários, portanto, a medida de suspender temporariamente o atendimento particular visa proteger o cliente Unimed”, disse a empresa.

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O Hospital Unimed Americana, que concentra as internações pelo coronavírus do convênio, ampliou os leitos destinados aos pacientes com a doença. Entre segunda e terça-feira, as vagas intensivas saltaram de 17 para 22, e a enfermaria passou de 13 para 22 leitos.

Todos os leitos de UTI estão ocupados, e entre os leitos clínicos há dois vagos. O hospital conta com um plano de contingência para garantir a assistência, e nos últimos 12 meses aumentou em 277% a capacidade de leitos intensivos.

O número de 22 pacientes internados atualmente na terapia intensiva exclusiva do coronavírus é recorde no hospital desde o início da pandemia. No pico da primeira onda, em julho, o máximo de internações simultâneas havia ficado em 14.

No total, o Hospital Unimed tem capacidade de 41 leitos intensivos, sendo 9 gerais, 8 volantes e 32 para coronavírus.

O superintendente de provimento da saúde do hospital, Gustavo Quinteiro, conversou com o LIBERAL na semana passada e revelou que o tempo médio de internação passou de 10 para 16 dias, o que pode estar contribuindo para as altas taxas de ocupação.

O médico aposta em uma maior velocidade de contágio relacionada à variante P1, identificada inicialmente em Manaus (AM), mas que já circula de forma comunitária no Estado de São Paulo.

“Procure o posto de saúde, o seu médico de consultório, antes de procurar o hospital, para a gente conseguir organizar o atendimento de forma que o hospital seja usado por quem está mais grave. Isso reduz tempo de espera, reduz aglomerações e filas, e de fato o número crescente de atendimentos pode causar algumas dificuldades”, afirmou o superintendente.

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