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COVID-19

Americana passa das 100 mortes por coronavírus

Município registra o 100º óbito pela Covid-19 após 143 dias da primeira morte; doença matou ao menos 24 com menos de 60 anos

Por João Colosalle/Marina Zanaki

17 de agosto de 2020, às 16h11 • Última atualização em 17 de agosto de 2020, às 17h20

Americana passou nesta segunda-feira (17) de 100 mortes causadas pelo novo coronavírus (Covid-19).

Em boletim divulgado na tarde desta segunda, a prefeitura informou mais quatro vítimas da pandemia, chegando a 102 mortes.

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Veja detalhes das quatro vítimas informadas nesta segunda:

  • idosa de 84 anos, do São Vito, que faleceu no dia 17 de julho em hospital particular de Campinas e não tinha comorbidades informadas;
  • idosa de 77 anos, do São Manoel, que faleceu no dia 13 de agosto no Hospital Municipal e já estava acamada há 12 anos em razão de outras comorbidades;
  • mulher de 58 anos, do Cidade Jardim, que morreu no dia 14 de agosto em hospital público de Campinas e tinha doença cardíaca e diabetes;
  • idosa de 79 anos, da Vila Bertini, que faleceu no dia 15 de agosto no Hospital Municipal e não tinha comorbidades informadas.

O município tem hoje 3.409 casos confirmados da doença. Destes, 2.949 já se recuperaram.

O centésimo óbito foi confirmado após 143 dias da primeira morte, em 27 de março, de um idoso de 64 anos, morador da Vila Rehder.

O avanço dos casos fatais de coronavírus e das infecções pela doença se deu a partir de junho na cidade.

No dia primeiro daquele mês, Americana registrava oito mortes pela doença. Um mês depois, em 1º de julho, eram 35. Em 1º de agosto, o número já estava em 80.

A maior parte dos que morreram pela doença, segundo os dados divulgados pela prefeitura, é idosa. A média de idade entre as vítimas é de 68 anos, mas há pelo menos 24 vítimas com menos de 60 anos.

O empresário Florindo Corral, fundador da FAM (Faculdade de Americana), foi uma das primeiras vítimas do coronavírus no município – Foto:

Assim como registrado em outras cidades do Brasil e do mundo, a pandemia fez vítimas em casas de repouso para idosos. Em Americana, ao menos duas registraram mais de uma morte.

Na casa de repouso Flor de Liz, no bairro Santa Cruz, ao menos quatro idosos morreram. No Lar dos Velhinhos São Vicente de Paula, no bairro São Domingos, foram seis vítimas do vírus.

A quantidade de mortes pela Covid-19 é maior, por exemplo, do que as causadas por acidentes de trânsito, homicídios, dengue e H1N1 na cidade.

No Estado, houve queda de 1% no número de óbitos por coronavírus entre os dias 9 e 15 de agosto em comparação com a semana anterior, de 2 a 8 de agosto.

O dado foi anunciado pelo secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, nesta segunda-feira. Foram registrados 16 óbitos a menos. Na semana passada houve 1.764 mortes e, na semana anterior, 1.780 óbitos

CASOS

A quantidade de casos confirmados também continua em ascensão na cidade. Em 1º de junho, segundo a prefeitura, eram 116 moradores da cidade que estavam com o vírus ou já haviam se infectado.

A quantidade cresceu para 458 em 1º de julho. Um mês depois, em agosto, eram 2.231.

Por outro lado, a ocupação dos leitos de hospitais na cidade tem variado entre 60% e 70% nos últimos dias, percentual menor do que semanas atrás.

Apesar do avanço da doença no município, Americana tem tido episódios que demonstram descuido da população com a transmissão pelo vírus.

Na sexta-feira (14), por exemplo, a Gama precisou dispersar uma aglomeração na Avenida Brasil. Dois dias antes, em um bar na região do São Luiz, dezenas de pessoas se aglomeraram.

Atualmente, a cidade está na fase amarela do Plano São Paulo, que permite o funcionamento do comércio e atividades não essenciais e autoriza a reabertura controlada de estabelecimentos como bares, restaurantes, salões de beleza e academias.

A mudança de fase, em 7 de agosto, se deu no contexto do estágio dos 90 municípios da DRS (Departamento Regional de Saúde) de Campinas.

Podcast Além da Capa
Em meio à pandemia da Covid-19, que modificou por completo o formato de acesso à educação, o Governo do Estado de São Paulo anunciou que o novo modelo do Ensino Médio na rede pública estadual terá início a partir do próximo ano. Esse episódio busca explicar do que se trata essa mudança e de que maneira ela se dará aos estudantes atendidos pela medida em Americana e região.

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