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Covid-19

Junho tem disparada de casos de coronavírus em Americana

Primeira semana do mês teve maior número de exames positivos, que já se aproximam dos 200

Por Marina Zanaki

14 de junho de 2020, às 08h13 • Última atualização em 15 de junho de 2020, às 15h19

A semana entre 31 de maio e 6 de junho foi a de maior quantidade de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) em Americana desde o início da pandemia.

No período, que coincide com a flexibilização da quarentena na cidade e a reabertura de atividades não essenciais, foram 47 novas confirmações.

Na última semana, foram 28 novos casos, segundo a prefeitura, mas não houve atualizações dos casos entre quinta (11) e sexta-feira (12) em função do feriado.

Antes de junho, o número máximo de confirmações em uma semana havia sido 27. A quantidade foi registrada em duas semanas, uma delas quando teve início a realização de testes rápidos.

Médica infectologista do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, Juliana Ribon avalia que o aumento de casos ocorre pelo desrespeito ao isolamento.

“Se o comércio abre de maneira ordenada, as pessoas vão comprar o que é necessário, usar máscara, higienizar as mãos e manter distanciamento, a gente consegue voltar ao normal de maneira gradativa. Mas o comércio abre, tem confraternizações. Uma soma de coisas que estamos começando a ter nossos números maiores agora”, analisa.

“Estão ocorrendo surtos em empresas por causa de churrascos, é algo que não consigo entender”, critica.

Funcionário do DAE faz desinfecção na fachada de hospital particular em Americana – Foto:

O médico infectologista Arnaldo Gouveia Junior, que faz parte do Comitê de Crise da Prefeitura de Americana, avalia que a contaminação na cidade está em curva ascendente e se aproxima do pico.

“O número de internados é um indicador bastante fidedigno do que está acontecendo. Claro que a cidade interna pacientes de toda a nossa microrregião, mas agora é que Americana, Santa Bárbara e Nova Odessa estão pegando ímpeto”, afirmou ao LIBERAL.

Em uma semana, o número de moradores de Americana internados por coronavírus ou suspeita praticamente dobrou.

No dia 3 de junho, 17 pessoas estavam hospitalizadas (quatro casos confirmados e 17 suspeitos). No boletim de 10 de junho, eram 35 (cinco confirmadas e 30 suspeitas).

“Vamos ver se vai dar para gerir. Até agora o sistema de saúde está pressionado, mas em nenhum momento superou a capacidade de absorção”, indicou o médico.

Movimento no calçadão central de Americana no dia 6 de junho, primeiro sábado da semana de reabertura – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal.JPG

Juliana avalia que é possível que o Hospital de Campanha, montado na UBS (Unidade Básica de Saúde) da Avenida Cillos, precise ser utilizado para tratamento de pacientes moderados. Com isso, o HM ficaria concentrado nos casos graves que precisam de UTI.

“Pode ser que precisemos usar, estamos tendo mais casos graves, bastante pacientes confirmados. As duas próximas semanas serão cruciais”, afirmou.

Até este sábado (13), Americana tinha 189 casos positivos, dos quais 137 estão curados. Doze pessoas morreram vítimas da doença.

Podcast Além da Capa
A pandemia do novo coronavírus completa três meses com a certeza de representar o maior desafio da carreira de gestores públicos em saúde, como é o caso dos secretários que atuam em cidades da região. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com os responsáveis pelas pastas em Americana, Santa Bárbara e Nova Odessa sobre a experiência forjada pela crise.

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