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Mais verde

A beleza e a importância da jardinagem

Professor de Biologia da Uniara fala sobre a atividade e dá dicas de montagem e cuidados com jardim

Por Da redação

27 de maio de 2020, às 08h05 • Última atualização em 27 de maio de 2020, às 08h06

A jardinagem, que envolve dedicação e delicadeza, deixa o ambiente mais bonito e ajuda a manter o verde. O professor do curso de Biologia da Universidade de Araraquara – Uniara, João Carlos Geraldo, fala sobre a atividade e dá dicas de montagem e cuidados com jardim, além de ressaltar sua importância na preservação do ambiente.

“É preciso ter uma boa dose de paciência e amor pelas plantas, já que o tempo de um jardim é diferente do tempo da vida humana, sempre apressada. Uma árvore, por exemplo, pode demorar muitos anos para tomar certo porte, florescer ou frutificar. É preciso fazer podas de condução, configuração da planta, adubar corretamente, fazer limpeza dos canteiros, retirada de ervas invasoras e combate de pragas e doenças, além, é claro, de saber regar: não afogar cactos ou deixar palmeiras morrerem de sede”, aponta o docente.

Ele menciona que “há jardins mais ‘orgânicos’, que aproveitam o próprio material liberado pelas plantas – folhas, flores secas e pequenos galhos – para adubação e cobertura de solo, e há os altamente manipulados, com uso de produtos fertilizantes e de combate de pragas e doenças”.

“De forma geral, é preciso descompactar o solo, retirar plantas indesejadas e fazer adubação, seja ela orgânica, química ou mista. No caso de jardins mais elaborados, é preciso saber o pH e fazer a correção do solo antes da implantação, bem como sua composição, o que facilita o grau de infiltração ou de retenção de água. A adubação depende muito do tipo de plantas utilizadas. Posicionar as plantas de maneira correta quanto às necessidades ou restrições de insolação é essencial, pois é comum vermos plantas de pleno sol pegando muita sombra ou o contrário”, comenta.

SOLO
Uma das normas de paisagismo e jardinagem, de acordo com o professor, é nunca deixar o solo exposto. “Pode-se cobri-lo com cascas, folhas secas, pedregulhos e seixos, areia ou outros materiais, como argila expandida.

O solo exposto é um atestado de que o jardim não está bonito e nem equilibrado. A exposição do solo altera as suas propriedades físicas e químicas, fazendo com que haja mais evaporação da água, perda de nutrientes e de vida microbiana, essencial à saúde e alimentação das plantas”, observa.

Escolha de planta e cuidados
A escolha de espécies adequadas às características biogeográficas regionais diminui muito o cuidado, segundo o professor do curso de Biologia João Carlos Geraldo, pois já estão adaptadas ao clima e aos solos.

“Mas os cuidados com regas, adubação e condução das plantas sempre serão necessários. E a escolha de plantas adequadas à realidade regional é muito importante para o sucesso de um jardim, sem gastar muitos recursos com a manutenção ‘artificial’ de plantas”, comenta.

O importante é escolher plantas de porte adequado ao tamanho e ao afastamento das construções e passagens, e às condições de iluminação do local, de acordo com o professor.

“Também deve-se atentar ao solo – se é fértil, arenoso, argiloso etc. Solos muito úmidos não servem para jardins com cactos e suculentas, por exemplo. E acontece o inverso com solos muito arenosos, que não são bons para plantas que exigem mais umidade. Mas sempre é possível aplicar alguma técnica de correção na drenagem, na retenção de águas e na fertilidade”, explica.

Montando um jardim
Especificamente nesta época, “estamos entrando na estação mais seca do ano, por isso pode-se aproveitar o tempo disponível para fazer reenvazamento de plantas que já ocuparam todo o espaço disponível nos vasos e jardineiras, aproveitando para fazer novas mudas”, explica o professor do curso de Biologia João Carlos Geraldo.

“Também podem ser feitas as podas de limpeza e rebaixamento, como em roseiras e outros arbustos que desfolham no período. Mas cuidado com as azaleias e camélias, que florescem no período e não devem ser podadas. Os ipês e outras plantas de florescimento invernal, como os mulungus, e os cipós de São João e de São Miguel, que também não devem ser podados agora. Adubação, nesta época, só a orgânica, para manter o solo poroso e úmido. A adubação química é desperdício de recurso, já que as plantas entram em dormência e não aproveitam os adubos. É melhor deixar para o começo da primavera”, orienta o docente.

O período também é propício para “afofar os canteiros, deixando o solo mais permeável e aerado, ou mesmo para o replantio de espécies que vão ‘congestionando’ o espaço, como os lírios-amarelos e outras forrações altas”.

“Para quem tem gramados, pode-se fazer a aeração ‘espetando’ o solo com alguma ferramenta pontiaguda. Há ferramentas específicas para isso, mas uma tábua com pregos fixos, com as pontas viradas para baixo, já pode ajudar, ou um forcado, que é um grande garfo pontiagudo”, recomenda o professor.

De maneira geral, o importante, de acordo com Geraldo, é plantar, “o que aumenta a superfície verde das cidades, seja por meio de canteiros, de vasos, das paredes verdes ou implantando praças”.

Informações sobre o curso de Biologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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