A presença do superintendente do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana nesta quinta-feira, na sessão da câmara, trouxe informações que americanense nenhum gostou muito de ouvir. Apesar da disponibilidade do chefe da autarquia, Carlos Cesar Gimenez Zappia, em dar as explicações, o relato não foi lá muito animador.

No ano passado, em outubro, Americana se viu um dia inteiro sem água nas torneiras por conta da obra de interligação da nova captação de água bruta do Rio Piracicaba. O trabalho era complexo e necessário, exigindo que o abastecimento do município fosse interrompido por horas.

Mas o que havia sido planejado não saiu como se esperava. Após a conclusão do serviço, uma válvula apresentou problema, se rompeu e precisou ser reparada, postergando o retorno do abastecimento aos imóveis do município. Como agravante, toda a situação se deu diante de um desabastecimento que já vinha agravado pelos dias de calor recorde na cidade. O descontentamento foi geral, ainda que a obra fosse necessária.

Na câmara, porém, o superintendente do DAE revelou que o problema da válvula se juntou a outro, de um tubo de conexão que achatou, o que passou a exigir então refazer a interligação da captação.

Some-se ao imbróglio o fato de a empresa contratada para o serviço não estar em plenas condições de trabalho. A Artec vive um processo de recuperação judicial, para evitar a quebra, desde 2019 – a contratação pela prefeitura se deu antes desta situação.

Cabe ao DAE reprogramar o reparo e cobrar o devido cumprimento do contrato. Desta vez, espera-se que o timing para a execução da obra não seja tão ruim quanto foi no calorão de outubro. A fala de Zappia deixa claro aos parlamentares que a situação exige um acompanhamento de perto, sob o risco de ver dinheiro público mal gasto em um trabalho sem qualidade ou incompleto.