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O Caixeiro Viajante

Nós vamos invadir sua praia!

Pelo mundo, imigrantes enfrentam resistência por parte de alguns países receptores, que os acusam de introduzir uma nova cultura e aumentar os índices de violência

Por Oswaldo Nogueira

05 de maio de 2024, às 16h06

Um fluxo considerável de imigrantes está se dirigindo aos países europeus em busca de melhores condições de vida e, em alguns casos, até de sobrevivência. No entanto, esses indivíduos originários, em sua maioria, de antigas colônias, enfrentam resistência por parte de alguns países receptores, que os acusam de introduzir uma nova cultura e aumentar os índices de violência.

É crucial lembrar que por séculos esses países ocuparam regiões em todo o mundo sem se preocupar com o bem-estar dos povos colonizados. A exploração das riquezas dessas colônias era prioritária, com a imposição de línguas e costumes estrangeiros em detrimento das culturas nativas.

Tanto a África quanto o Brasil foram alvos da colonização por potências europeias. A França, por exemplo, mesmo concedendo independência a seus territórios colonizados na década de 60, não garantiu independência econômica, mantendo controle sobre suas moedas e reservas cambiais, continuou a imprimir o papel moeda de todos os países, que ficaram obrigados a deixar 70% de suas reservas cambiais depositadas em bancos franceses. Além disso, o urânio utilizado em reatores nucleares franceses é extraído do Níger em condições análogas à escravidão.

Em Portugal, o partido “Chega” promoveu uma campanha difamatória contra imigrantes brasileiros, resultando em um aumento significativo na última eleição, com crescimento na bancada de 12 para 48 deputados. Há uma campanha silenciosa no país para dificultar a locação de residências para brasileiros, com elevação de preços de aluguéis e até mesmo recusa dessas residências, sob a alegação de que os brasileiros falam alto e fazem barulho.

Recentemente, a Inglaterra fez um acordo com Ruanda para enviar os refugiados que estão por lá, livrando-se desse “incômodo”, e para isso pagou R$ 1,54 bilhão para que o país fornecesse hospedagem a esses refugiados.

A Alemanha, por sua vez, enfrenta desafios internos decorrentes da imigração, com aumento da violência nas escolas primárias, onde alunos brigam entre si e desafiam a autoridade dos professores. Nos próximos 10 anos, de 30 a 40% dos professores atuais estarão se aposentando, e teme-se que não haverá novos professores interessados nessa carreira.

O Brasil, por sua vez, agradece a todos os imigrantes que vieram para cá, trazendo suas culturas, conhecimentos e tecnologias, contribuindo para tornar o País a nona potência mundial.

Oswaldo Nogueira

Empresário e ex-vereador de Americana, escreve sobre temas do cotidiano com o objetivo de ser uma fonte de provocação e reflexão para os leitores; coluna quinzenal