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Editorial

Calor, um problema de saúde

Por Redação

14 de janeiro de 2024, às 08h25 • Última atualização em 14 de janeiro de 2024, às 08h30

Um relatório divulgado pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, na última terça-feira, confirmou o que já há alguns meses se estimava: o ano de 2023 foi o mais quente já registrado. Segundo a análise, pela primeira vez, todos os dias do ano ficaram 1°C acima do chamado nível pré-industrial, entre 1850 e 1900. E pior: em metade de 2023, os termômetros chegaram a marcar 1,5°C a mais do que o considerado normal.

“2023 foi um ano excepcional com recordes climáticos caindo como dominós. As temperaturas em 2023 provavelmente foram as mais altas ao menos nos últimos 100 mil anos”, disse a vice-diretora do observatório, Samantha Burgess.

Reportagem deste domingo mostra um recorte regional dos efeitos das mudanças climáticas. No ano passado, Americana teve 21 dias com temperaturas consideradas nocivas ao ser humano. Isso ocorre quando os termômetros marcam mais de 36,5°C. A quantidade de dias quentes assim não é recorde, mas é alta em comparação a outros anos.

O levantamento da reportagem do LIBERAL traz ainda outro dado que também dá a dimensão do que estamos enfrentando. Ao menos desde 2016 nunca se teve tantos dias em que a cidade bateu 40°C. Em 2023, foram seis dias, entre setembro e dezembro.

É mais do que necessário entendermos que mudanças climáticas não são um problema apenas global, de responsabilidade das mais altas esferas de governo. Pelo contrário. Mais do que nunca é preciso que ações locais colaborem para amenizar e combater tais efeitos.

A título de exemplo, Americana, apesar de ser uma cidade relativamente bem arborizada, sofre, no sentido ambiental, com seu território historicamente e massivamente urbanizado. Na região central, a presença cada vez maior de prédios e uma frota numerosa de carros nas ruas, com certeza, não colaboram para aliviar o calor. Sinais do progresso e do desenvolvimento que não podem se dar ao custo de não podermos sair às ruas por conta do calor nocivo.

O Liberal

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