Desde 2015, o governo estadual mantém uma base de dados sobre acidentes de trânsito fatais em todo o Estado. As estatísticas servem, por exemplo, como base para reportagens que o próprio LIBERAL publica. Com tais números é possível traçar um perfil das vítimas e das características dos acidentes, o que também ajuda na definição de políticas públicas sobre o tema.

Em março deste ano, a RPT (Região do Polo Têxtil) alcançou uma triste marca: mil pessoas morreram em acidentes em Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia desde 2015.

As principais vítimas destes casos são parte de um perfil conhecido. Na região, de 1.004 mortes no trânsito, 179 foram de pessoas com 18 a 24 anos. Os homens são 83% das vítimas totais. E os motociclistas que morreram nas ruas, avenidas, estradas e rodovias representam 42% dos casos. Os acidentes fatais ocorrem, principalmente, nos finais de semana e durante a noite.

Na última semana, a região assistiu a uma série de notícias sobre acidentes fatais. Em uma delas, talvez a mais chocante, a morte de um jovem de 18 anos atropelado na Avenida Santa Bárbara, em Santa Bárbara d’Oeste, impressionou pela imagem que mostra o veículo que o atingiu em alta velocidade, aparentemente. Um caso brutal que abreviou uma vida.

O mês de maio é marcado pelo engajamento de órgãos públicos sobre conscientização da segurança no trânsito, nas campanhas chamadas de Maio Amarelo. A dificuldade em manter um trânsito sob controle, com motoristas capacitados e respeitosos, entretanto, parece utopia em meio a uma frota que só cresce, especialmente de motocicletas.

Há uma necessidade de campanhas em prol da segurança no trânsito se tornarem menos sazonais e mais presentes na vida dos brasileiros. Uma educação que deve ser permanente, mais incisiva e impactante para que se reduza, cada vez mais, o custo da imprudência.