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Morador de Santa Bárbara foi morto em pátio de penitenciária com golpes de punhal e canivete

Crime ocorreu no interior da Penitenciária de Presidente Venceslau, onde ele estava preso desde março de 2023

Por Cristiani Azanha

20 de junho de 2024, às 08h54 • Última atualização em 20 de junho de 2024, às 11h18

Armas usadas no crime foram apreendidas - Foto: Reprodução

Janeferson Aparecido Mariano Gomes, 48, o Nefo, investigado no suposto plano arquitetado por possíveis integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar autoridades políticas, entre elas o senador, ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), foi executado com golpes de punhal artesanal e canivete, na última segunda-feira (17), no pátio de sol da Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau.

Nefo estava preso desde março de 2023, quando foi localizado no condomínio onde morava em Santa Bárbara d’Oeste, durante a Operação Sequaz, realizada pela PF (Polícia Federal).

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O LIBERAL teve acesso às imagens das câmeras da unidade que mostram o momento em que ele é rendido por três detentos.  

Janeferson tenta escapar dos golpes, mas é atacado. Mesmo caído, os suspeitos continuavam com as agressões. Ele foi atingido diversas vezes.

Investigação identificou anotações financeiras de Janeferson relacionadas a armamentos como fuzil e pistolas – Foto: Reprodução

Segundo o boletim de ocorrência, os autores foram identificados como Jaime Paulino de Oliveira (Japonês), 47, Luis Fernando Baron Versalli (Barão), 53, e Ronaldo Arquimedes Marinho (Saponga), 53.

Já Elidan Silva Ceu (Alemão), 45, teria ficado perto da “gaiola” (cela) para evitar que Nefo escapasse.

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O crime ocorreu na presença de centenas de presos, que caminhavam normalmente sem interferirem.

Outra câmera da unidade mostrou que, após a execução de Nefo, os presos se limparam em um tanque, próximo aos banheiros.

Eles passaram por outros detentos que participavam de uma reunião, que aparentava ser um culto religioso. Todos continuaram em oração.

Na ocasião, outro detento, identificado como Reginaldo Oliveira de Sousa (Rê), 48, também foi assassinado, no interior de um banheiro, conhecido como “barbearia”, mas a ação não foi registrada por câmeras.

As imagens mostram apenas os suspeitos entrando no local com Reginaldo, que não saiu. Ele foi atingido com golpes no pescoço e na cabeça.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) vai pedir a inclusão dos acusados no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). A única unidade nessa modalidade no Estado é o Centro de Readaptação Penitenciária Dr. José Ismael Pedrosa, em Presidente Bernardes.

Além da apuração da Polícia Civil, a unidade prisional instaurou procedimento apuratório disciplinar.

Nesta quarta, o juiz Deyvison Hebert dos Reis converteu as prisões em flagrante em preventiva. Como todos já estão inseridos no sistema prisional, o magistrado considerou que não houve a necessidade da realização de audiência de custódia.

No processo, o mesmo defensor público, que representa os quatro suspeitos, não se opôs à manutenção das prisões. Ele não foi localizado pela reportagem para comentar o caso.

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