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RECLAMAÇÃO

Bebê de quatro meses sofre lesão durante atendimento médico e pais acusam PS e hospital de negligência

Criança diagnosticada com bronquiolite precisou passar por uma cirurgia na mão ocasionada pelo acesso para medicação

Por Paula Nacasaki

23 de abril de 2024, às 10h16 • Última atualização em 26 de abril de 2024, às 09h54

Os pais da bebê Aylla Karollyne Arantes, de cinco meses, acusam o Pronto-Socorro Dr. Edison Mano e o Hospital Santa Bárbara de negligência após a filha ter uma lesão na mão esquerda ocasionada pela falta de cuidado com um acesso a medicamento venoso e precisar passar por cirurgia. O caso aconteceu em março, quando a criança tinha quatro meses, e foi comunicado à Polícia Civil no dia 19 deste mês.

Criança precisou passar por uma cirurgia no Hospital Estadual de Sumaré – Foto: Divulgação

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Em entrevista ao LIBERAL no último domingo (21), os pais relataram que levaram a filha com febre e tosse ao Pronto-Socorro Dr. Edison Mano no dia 24 de março, por volta de 3h. Segundo eles, a filha passou por atendimento na pediatria, foi medicada e diagnosticada com bronquiolite e início de pneumonia.

Após o diagnóstico, Aylla foi transferida, por volta de 15h, ao Hospital Santa Bárbara e, segundo os pais, o acesso realizado na mão para medicação não foi conferido pela equipe médica. No segundo dia de internação, a mãe notou que o braço da filha estava inchado e chamou uma enfermeira, que notou um edema e solicitou a presença de um médico.

Após os cuidados médicos, a criança foi transferida para o HES (Hospital Estadual Sumaré) onde terminou o tratamento da bronquiolite e, em seguida, passou por uma cirurgia na mão por conta da ferida. O procedimento foi realizado no dia 16 deste mês e a bebê recebeu alta no dia seguinte.

Aylla Karollyne Arantes recebeu alta no último dia 17 – Foto: Divulgação

Após a filha receber alta, os pais procuraram o plantão policial do município, no dia 19, e registraram um boletim de ocorrência em busca de justiça pelo que aconteceu. Ao LIBERAL, eles relataram ainda a falta de aparelhos específico na Santa Casa e disseram que, por conta disso, passaram a noite segurando a máscara de oxigênio da filha.

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Outro lado

O LIBERAL questionou o Pronto-Socorro Dr. Edison Mano e o Hospital Santa Bárbara. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, responsável pelo PS, os profissionais que atuam na rede municipal de saúde são sempre pautados pelas boas práticas e melhores técnicas aplicáveis, porém, não deu detalhes sobre o atendimento prestado à criança.

“Visando a preservação do sigilo e da confidencialidade, informações detalhadas sobre atendimentos realizados na rede municipal de saúde somente são passados diretamente aos pacientes e, em alguns casos, aos seus familiares.”, trouxe trecho da nota.

A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste orientou inclusive que pacientes ou familiares com queixas procurem a ouvidoria do SUS (Sistema Único de Saúde). Os contatos são: 0800-770-6378, e-mail: ouvidoriasus.saude@santabarbara.sp.gov.br, ou pessoalmente no endereço: Rua Graça Martins, 436 – Centro.

Já o Hospital Santa Bárbara, mantido pela Santa Casa de Misericórdia de Santa Bárbara d’Oeste, reiterou o compromisso com a preservação do sigilo e da confidencialidade dos casos clínicos de seus pacientes.

“De acordo com nossos protocolos e ética profissional, informações detalhadas sobre atendimentos realizados em nossa instituição são compartilhadas apenas com os pacientes ou, em determinadas circunstâncias, com seus familiares.

Quanto às práticas médicas adotadas em nosso hospital, é importante destacar que todos os profissionais de saúde que trabalham conosco são constantemente orientados e pautados pelas melhores práticas e técnicas aplicáveis em suas respectivas áreas, de acordo com a literatura médica atual.

No que diz respeito ao caso específico da bebê Aylla Karollyne Arantes, informamos que estamos conduzindo uma investigação interna completa para apurar todos os fatos alegados e identificar, se de fato, ocorreram possíveis falhas ou lacunas no atendimento prestado.

Além disso, gostaríamos de ressaltar que estamos à disposição da família da bebê Aylla para oferecer todo o suporte necessário durante este momento e para apuração do quanto alegado.

Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a excelência no cuidado de saúde e estamos totalmente dedicados a esclarecer quaisquer dúvidas ou preocupações que a família possa ter em relação a este caso”

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