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Santa Bárbara

Acusado de feminicídio em Santa Bárbara vai a júri popular

Eva Paula de Lima foi encontrada morta em sua casa e companheiro foi preso em um crime que ocorreu em fevereiro deste ano

Por Leonardo Oliveira

05 de agosto de 2020, às 11h00 • Última atualização em 06 de agosto de 2020, às 15h41

O monitor David Vieira Ferraz da Cruz, acusado de matar Eva Paula de Lima, em um crime ocorrido em fevereiro deste ano, em Santa Bárbara d’Oeste, será submetido ao Tribunal do Júri. Por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), ainda não há uma data para o julgamento ser realizado.

Segundo a denúncia do MP (Ministério Público), David teria agredido a companheira, com quem tinha uma relação amorosa. A mulher, de 35 anos, ainda foi encontrada com ferimentos na cabeça. O casal possui um filho juntos.

Eva Paula de Lima foi morta no dia 22 de fevereiro deste ano – Foto: Reprodução/facebook

O crime aconteceu na madrugada do dia 22 de fevereiro, na casa de Eva, no Jardim São Francisco II, em Santa Bárbara. A mulher estava junto com o monitor no momento de sua morte. O rapaz saiu da casa pedindo socorro – uma vizinha ouviu a situação e chamou a polícia.

No local, policiais ouviram de David que a companheira havia se suicidado e que ela tomava remédios para depressão. Como Eva estava com dois afundamentos no crânio e uma faca de cozinha com a ponta deformada foi localizada no imóvel, o monitor acabou preso como o principal suspeito do feminicídio.

A perícia técnica realizada no corpo da vítima indicou que havia sinais de agressão recente no antebraço e mão esquerda, além das lesões no crânio. A morte dela ocorreu por asfixia mecânica associada à intoxicação exógena (por remédios), segundo o laudo.

Com isso, o juiz Cassio Henrique Dolce de Faria, entendeu ter havido materialidade e indícios suficientes para pronunciar o monitor, que agora aguarda uma data para ir a Júri Popular. Ele segue preso preventivamente.

O advogado Renan Farah, que atua na defesa do réu, afirmou que vai buscar a absolvição de seu cliente. “A tese da defesa não vai ser embasada em provas subjetivas, mas sim em provas técnicas, muito bem embasadas, de acordo com laudo pericial e tudo dentro do processo. Esse apontamento técnico é que vai comprovar a inocência do meu cliente”, afirma.

David foi denunciado por feminicídio. Em caso de condenação, a pena varia entre 12 e 30 anos de prisão. Os tribunais do júri ainda estão suspensos na região por conta da pandemia, que instaurou o trabalho remoto nos tribunais.

Em algumas cidades do Estado eles estão voltando a acontecer, mas ainda não há previsão para eles ocorrerem em Santa Bárbara d’Oeste, por isso não há uma data marcada para o julgamento de David.

O Conselho Superior da Magistratura do Estado de São Paulo determinou que os tribunais funcionassem por sistema remoto até o dia 9 de agosto.

Ainda não há uma definição se depois desse prazo as atividades voltarão a ser presenciais, informou o TJ-SP ao LIBERAL. Com isso, júris que antes da pandemia já haviam sido marcados para o mês de agosto podem ser adiados.

Podcast Além da Capa
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