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Covid-19

Reativado como hospital de campanha, AME Campinas atua com lotação máxima

Espaço conta com 25 leitos de UTI e cinco de enfermaria para pacientes infectados com o novo coronavírus

Por Marina Zanaki

08 de abril de 2021, às 19h12

Reativado há três semanas como hospital de campanha para atendimento de pacientes da região com o novo coronavírus (Covid-19), o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Campinas tem trabalhado com lotação máxima. Até o momento, foram atendidos 47 pacientes no local.

Segundo a direção do hospital de campanha, as cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) encaminharam pacientes para atendimento no espaço. Os dados por cidade não foram divulgados pelo hospital, mas Santa Bárbara d’Oeste informou que enviou dois pacientes para o local e Nova Odessa encaminhou quatro.

AME Campinas voltou a funcionar como hospital de campanha em 25 de março – Foto: Secretaria de Estado da Saúde/Divulgação

O espaço conta com 25 UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e cinco leitos de enfermaria. Os leitos foram ativados gradualmente entre os dias 25 e 31 de março.

O hospital de campanha é referência para 42 municípios que fazem parte do DRS (Departamento Regional de Saúde) 7, que inclui as regiões de Campinas, Bragança Paulista e Jundiaí. O departamento regional tem 86% dos leitos ocupados nesta quinta-feira.

De acordo com o diretor médico do AME Campinas, Pedro Tenório, o hospital tem trabalhado com capacidade máxima.

“Temos pacientes de todas essas regiões internados no AME, ele tem tido um papel importante, são 25 leitos de UTI que estão fazendo toda a diferença para a região. Temos visto no AME que assim que disponibiliza o leito ele é utilizado, tem trabalhado com rotatividade alta. Tão logo sai o paciente de alta, já interna outro”, revelou o médico.

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O encaminhamento para o hospital de campanha é realizado por meio do sistema Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde), do governo estadual.

As prefeituras de Americana, Hortolândia e Sumaré foram questionadas, mas até a publicação desta reportagem não informaram quantos pacientes encaminharam ao AME Campinas desde sua reabertura como hospital de campanha.

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A Prefeitura de Hortolândia comentou que o número de vagas oferecidas no AME é “limitado e restrito”. A cidade tem 104 pacientes internados com suspeita ou confirmação para coronavírus, dos quais 61 estão em leitos fora do município.

Americana informou apenas o número de agendamentos no AME Campinas para procedimentos eletivos – 489 desde o início do ano.

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O setor de regulação da Secretaria de Saúde da cidade informou que “foram canceladas várias consultas entre março e abril, no pico da pandemia, por conta das atividades do hospital de campanha implantado, e que não tem como saber qual o volume exato de pacientes que foram atendidos no período”.

Especialidades atendiam 5,8 mil por mês
O AME Campinas foi inaugurado de forma antecipada no ano passado para atender a primeira onda da pandemia. Entre abril e setembro, ele funcionou exclusivamente para pacientes com coronavírus.

Com a redução nas internações pela doença, ele passou a atender especialidades médicas, cumprindo sua função original. Ele estava realizando 5,8 mil atendimentos, 300 cirurgias de grande porte e 300 cirurgias de pequeno porte por mês.

Em março, o governo de São Paulo decidiu que ele voltaria a funcionar como hospital de campanha em função do recrudescimento da pandemia e a pressão sob o sistema de saúde.

“Sempre é um desafio montar um hospital de campanha e já tínhamos uma operação que estava funcionando”, contou o diretor médico do AME Campinas.

Ele explicou que os pacientes que estavam em tratamento que demandavam prioridade foram encaminhados para a Secretaria de Estado da Saúde. Os que não eram urgentes foram colocados em fila de espera.

“É uma preocupação nossa. Temos um planejamento que tão logo que a demanda pelo AME não seja necessária (para a pandemia), haverá uma retomada gradual focada em atender todos os nossos pacientes aguardando e aqueles que estão esperando para passar pela primeira vez, para atender todo mundo o mais rápido possível”, finalizou Pedro Tenório.

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