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Educação

Prefeituras da RPT descartam implantação de escolas cívico-militar

Projeto federal prevê gestão de escolas com apoio de militares, que não devem assumir cargos de profissionais da educação

Por Marina Zanaki

26 de outubro de 2019, às 10h00

As prefeituras da RPT (Região do Polo Têxtil) não aderiram ao modelo de escola cívico-militar proposto pelo governo federal. Os municípios que tivessem interesse podiam solicitar a inclusão até o dia 27 de setembro, mas não houve adesão na região.

Contudo, alguma escola estadual da região ainda pode fazer parte do programa. A Secretaria Estadual de Educação manifestou interesse em aderir após pedir esclarecimentos ao Ministério da Educação. A pasta estadual agora espera a regulamentação da forma em que se dará a participação dos Estados.

O programa é voltado para escolas com as etapas ensino fundamental II (do 6° ao 9 ano) e ensino médio. Na região, esses ciclos são prioritariamente administrados pelo governo estadual.

Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil
Colégio Cívico-Militar

Em Americana, por exemplo, há apenas cinco escolas municipais que estariam aptas a receber o programa pois oferecem fundamental II. Hortolândia possui uma escola municipal com fundamental II e Santa Bárbara d’Oeste disse que não conta com nenhuma unidade na rede municipal apta a participar do modelo. Nova Odessa e Sumaré não responderam.

Na RPT, apenas Sumaré disse que estuda adotar o programa. “O assunto passará a fazer parte da pauta das próximas reuniões com os pais, para que uma decisão seja tomada conjuntamente entre o Poder Público e a população”, respondeu a prefeitura.

Além dos ciclos fundamental II e ensino médio, os outros critérios para adesão ao modelo são escolas em situação de vulnerabilidade, unidades com baixo desempenho no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e que preferencialmente atendam de 500 a 1.000 alunos nos dois turnos.

O programa é fruto de uma parceria entre os ministérios da Educação e da Defesa e propõe implantar 126 escolas cívico-militares no País até 2023, sendo 54 por ano.

“A Escola Cívico-Militar visa contribuir com a qualidade do ensino na educação básica, além de propiciar aos alunos, professores e funcionários um lugar mais seguro, passível de uma atuação focada na melhoria do ambiente e da convivência escolar”, divulgou o governo federal.

O que é?
Modelo de gestão de escolas com participação do corpo docente e apoio dos militares. Idealizado pelo governo federal, propõe implantar 126 escolas cívico-militares no país até 2023, sendo 54 por ano

O que muda?
Os militares atuarão, em colaboração, nas áreas de gestão escolar e gestão educacional. Eles não vão assumir cargos de profissionais da educação

Quem pode aderir?
Escolas em situação de vulnerabilidade, com baixos índices de desempenho, unidades que ofereçam o ensino fundamental II (do 6° ao 9° ano) ou ensino médio

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