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Covid-19

AME Campinas voltará a ser hospital de campanha para pacientes com coronavírus

Anúncio foi feito em meio a ocupação de 83,6% de UTI Covid no Departamento Regional de Saúde de Campinas, que inclui Americana e outros 41 municípios

Por Marina Zanaki

08 de março de 2021, às 14h16 • Última atualização em 08 de março de 2021, às 17h13

Previstos para o dia 31, a abertura de 20 leitos foi antecipado para o dia 20 - Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

O AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Campinas será reativado como hospital de campanha para atendimento de pacientes do novo coronavírus (Covid-19), com a instalação de 20 novos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) e 10 enfermaria.

O anúncio foi feito pelo governo de São Paulo em meio a uma ocupação de 83,6% de UTI Covid no Departamento Regional de Saúde de Campinas, que inclui Americana e outros 41 municípios.

Com isso, o AME Campinas voltará a ser referência para atendimento de coronavírus na região. Os leitos serão instalados até o dia 31 de março.

No Estado de São Paulo, serão abertos 280 leitos para atendimento da pandemia, dos quais 140 de enfermaria e 140 intensivos.

Nas últimas semanas, o governo divulgou que abriria hospitais de campanha em locais onde já houvesse estrutura em funcionamento, principalmente diante da escassez de mão de obra.

Também serão instalados novos leitos nos os AMEs de Santo André, Andradina, Santos, Barretos, Botucatu, Ourinhos, Tupão, Itapetininga, o Hospital Lucy Montoro, de Fernandópolis, e o Hospital São José, na zona norte da capital paulista.

“Estamos ampliando o número de hospitais de atendimento, frente à condição clínica grave que a pandemia se manifesta”, disse o Secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn.

O AME Campinas atendeu exclusivamente pacientes confirmados ou com suspeita da doença entre abril e setembro do ano passado, durante o primeiro pico da pandemia. Na ocasião, a estrutura contava com 29 leitos de UTI e nove de enfermaria, portanto terá um a mais.

Com a redução das internações por coronavírus, o local deixou de funcionar como um hospital de campanha e iniciou atendimentos de especialidades, sua função originalmente projetada.

A reportagem questionou a Secretaria de Estado da Saúde se o AME Campinas seguirá com os atendimentos especializados com o reativação do hospital de campanha, mas a pasta não respondeu.

Em fevereiro, prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas) pediram aumento de leitos para coronavírus na região, inclusive com reativação do hospital de campanha no AME.

Na ocasião, a Secretaria de Estado da Saúde havia respondido que o serviço estava “operando com seu perfil de múltiplas especialidades, ofertando consultas, exames e procedimentos, considerando a importância da assistência também aos casos de outras patologias não-COVID para pacientes da região de Campinas”.

Na semana passada, São Paulo anunciou a abertura de oito leitos de UTI Covid no HES (Hospital Estadual Sumaré).

Indicadores da pandemia têm crescimento

O Estado de São Paulo tem 8.427 pacientes internados em leitos de UTI, com ocupação de 80% das terapias intensivas.

Na semana passada, foram 2.167 novas internações (aumento de 19% em relação à semana anterior) e 284 novas mortes (crescimento de 17%).

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