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Covid-19

Espera por leito de UTI Covid salta de 6 horas para 4 dias

Aumento na demora foi revelado por Nova Odessa, que tem dois pacientes aguardando vaga na Central de Regulação do Estado de São Paulo

Por Marina Zanaki

03 de março de 2021, às 19h51 • Última atualização em 04 de março de 2021, às 13h11

Com a forte pressão exercida no sistema de saúde pela segunda onda da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o tempo de espera para um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Covid saltou de seis horas para quatro dias.

A informação foi revelada pela Prefeitura de Nova Odessa, que disse que a mudança ocorreu nas últimas semanas. A cidade não possui leitos de UTI na rede municipal e depende da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), do governo estadual, para vagas intensivas em unidades de referência na região.

Atualmente, dois pacientes internados na UR (Unidade Respiratória) do Jardim Alvorada aguardam transferência para leitos de UTI Covid.

A rede municipal conta com 18 leitos para pacientes com coronavírus, todos na UR. Desses, 12 são de internação, quatro de observação e dois de emergência. No total, sete leitos estavam ocupados na tarde desta quarta-feira.

“A UR tem taxa de ocupação média de 60%, mas a tendência é de aumento nos próximos dias e semanas. Por isso, a Prefeitura de Nova Odessa estuda formas de ampliar a capacidade de internação de pacientes respiratórios na rede municipal, e devemos anunciar informações sobre isto já nos próximos dias”, adiantou a prefeitura.

O prefeito de Nova Odessa, Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), divulgou esta semana que estuda a implantação de cinco leitos de UTI no Hospital Municipal Dr. Acílio Carreon Garcia. Inicialmente, a Secretaria de Obras, Projetos e Planejamento Urbano deve construir uma sala de UTI, que deve ser entregue em até 36 meses.

Velocidade de leito de UTI é decisiva
O infectologista André Giglio Bueno, da PUC-Campinas, disse ao LIBERAL esta semana que a velocidade com que um leito de UTI é disponibilizado é decisiva para a vida do paciente.

Ele alertou que, considerando o período de evolução da doença, ainda pode haver um incremento importante de pacientes contaminados em função das aglomerações do Carnaval.

“Se tivermos aumentos adicionais, o sistema está em iminência de ter um colapso. Gente que precisa de leito intensivo e não consegue, vai demorar alguns dias para conseguir, e às vezes é o que vai determinar se a pessoa vai sobreviver ou não”, disse o médico.

Região

As prefeituras de Americana e Santa Bárbara d’Oeste informaram que não têm nenhum paciente aguardando vaga de UTI Covid junto à Cross.

Hortolândia e Sumaré foram questionadas, mas não responderam até a publicação desta reportagem.

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