TRÊS DIAS APÓS MANDADO
Policial que matou dois em Hortolândia se entrega e é preso
Justiça expediu mandado de prisão preventiva nesta terça-feira; José Vicente se entregou em Tremembé
Por Pedro Heiderich
14 de maio de 2021, às 11h19
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/hortolandia/policial-que-matou-dois-em-hortolandia-se-entrega-e-e-preso-1515253/
O policial penal José Vicente da Cruz, de 67 anos, acusado de matar dois irmãos, um deles vizinho do autor do crime, em Hortolândia, no mês de abril, se entregou à polícia e foi preso nesta sexta-feira (14), na Penitenciária de Tremembé, a 224 quilômetros de Hortolândia.
A informação foi revelada ao LIBERAL por seu advogado, Edilson Casagrande. “Ele se apresentou espontaneamente, se colocando à disposição. Iremos solicitar a liberdade dele”. A Justiça expediu na terça-feira (11) um mandado de prisão preventiva contra o policial.
O inquérito do caso foi concluído com pedido de prisão preventiva do policial em 30 de abril, pelo delegado João Jorge Ferreira da Silva, do 1º DP (Distrito Policial) local.
Casagrande ressalta que José se apresentou espontaneamente novamente, como se apresentou na delegacia para dar depoimento e entregar a arma do crime, quatro dias após o ocorrido, junto da presença do advogado. Na época, ele era procurado pela polícia.
Na semana passada, o MP (Ministério Público) ofereceu denúncia contra o policial, de duplo homicídio por motivo fútil e sem chance de defesa. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o caso tramita em segredo de justiça.
O CASO
Em 24 de abril, testemunhas viram José Vicente matar a tiro seu vizinho Adelmo Ferreira de Lima, ajudante de pedreiro de 39 anos, e o irmão da primeira vítima, Eclécio Ferreira de Lima, de 36.
Os irmãos bebiam em frente de casa, no Jardim Nova América, por volta das 19h, quando o policial chegou e desceu do carro armado para discutir por som alto.
José efetuou dois disparos em cada uma das vítimas e fugiu de carro. Procurado pela polícia, o policial se apresentou na delegacia junto de advogado quatro dias depois, quando entregou a arma do crime.
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No depoimento, ele confirmou os disparos, disse ter “ingerido moderadamente bebida alcoólica” e alegou que achou que uma das vítimas ia sacar uma arma e atirar nele.
Testemunhas afirmam que o policial não gostava de barulho, brigava com os vizinhos e ameaçou até criança com arma.