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INVESTIGAÇÃO

Ação da DIG em caso de homicídio em frente à Delegacia de Hortolândia tem 5 presos e 1 morto

Operação da Polícia Civil mirou grupo conhecido como Família Fala Fina, que teria sido responsável por morte de empreiteiro em novembro

Por Paula Nacasaki e João Colosalle

03 de maio de 2024, às 10h00 • Última atualização em 03 de maio de 2024, às 10h09

Operação da DIG de Americana mirou suspeitos de morte de empreiteiro em frente à Delegacia de Hortolândia - Foto: DIG Americana

Cinco pessoas foram presas e uma morreu durante uma ação da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana realizada na noite desta quinta-feira (2), em Hortolândia. Parte delas era da mesma família.

A operação buscava cumprir mandados no caso da execução do empreiteiro Adenir Batista do Santos Júnior, assassinado com cerca de 30 tiros em frente à Delegacia de Hortolândia, em novembro de 2023, depois de prestar depoimento sobre uma tentativa de homicídio que havia sofrido.

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De acordo com a DIG, após as prisões de três envolvidos no homicídio, em fevereiro deste ano, foi possível avançar com as investigações e chegar até as detenções ocorridas nesta quinta-feira.

Na época, a polícia percebeu que os presos possuíam a tatuagem “Família F. F.”, em referência a um suposto grupo criminoso chamado de “Família Fala Fina”.

Durante as investigações, a polícia diz ter concluído que o crime teria ocorrido a mando de um homem de 30 anos conhecido pelo apelido de Fala Fina. Segundo os investigadores, ele seria uma “forte liderança” da organização criminosa e integrante da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital). A “Família Fala Fina” seria responsável ainda pelo controle de pontos de tráfico de drogas.

Operação da DIG de Americana mirou suspeitos de morte de empreiteiro em frente à Delegacia de Hortolândia – Foto: DIG Americana

Na operação desta quinta-feira, policiais foram até o bairro Parque dos Pinheiros, onde Fala Fina mantém, junto com familiares, um restaurante que vende espetinhos.

No local, que é cerca de 200 metros próximo da delegacia onde o empreiteiro foi assassinado, os agentes prenderam, além de Fala Fina, a mãe e dois irmãos dele, bem como um quinto investigado que seria o braço direito do líder do grupo criminoso.

Os familiares seriam suspeitos de serem “laranjas” do tráfico de drogas, inclusive, com a ocorrência de lavagem de dinheiro.

Um outro investigado, de apelido Tupã, foi morto na casa onde estava, no bairro Parque Gabriel, durante a ação dos policiais. Segundo o boletim de ocorrência, ao chegarem na residência, houve resistência para que os agentes conseguissem entrar no local.

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Dentro da casa, entretanto, os policiais teriam encontrado Tupã com um revólver empunhado. Ele foi baleado com três tiros e morreu no local. O suspeito tinha uma tatuagem no peito com os dizeres Família FF, segundo a polícia.

Além das prisões, a operação da DIG de Americana apreendeu uma pistola calibre .40 com Fala Fina e um revólver calibre 38, que estava com Tupã. Um veículo, celulares e mídias, como pendrive e HD, também foram apreendidos pelos policiais.

Armas e objetos apreendidos pela Polícia Civil durante operação contra suspeitos de morte de empreiteiro em frente à Delegacia de Hortolândia – Foto: DIG Americana

A polícia atribuiu aos presos crimes diversos, como porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, associação criminosa, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

“Os presos foram encaminhados para unidades prisionais, onde aguardarão julgamento. A operação marca um ponto crucial na luta contra o crime organizado em São Paulo, desmantelando uma célula significativa do PCC e reafirmando o compromisso das autoridades em restaurar a segurança e a ordem pública”, informou a DIG.

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