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Hortolândia

Abordagem em festa tem confusão entre moradores e guardas municipais

Prefeitura diz que guarda teve a mão quebrada por participante; advogado diz que frequentadores não reagiram

Por Leonardo Oliveia

28 de julho de 2020, às 13h48 • Última atualização em 28 de julho de 2020, às 21h41

Segundo a administração, foi necessário “o uso de força moderada para dispersar e conter os agressores” – Foto: Reprodução.JPG

A GM (Guarda Municipal) de Hortolândia encerrou uma festa de aniversário na noite deste domingo (26) e multou em R$ 8,8 mil os proprietários do imóvel onde o evento era realizado, no bairro Chácaras Coelho. No momento, da abordagem houve confusão entre os patrulheiros e moradores.

Uma denúncia levou a corporação até o local. A Prefeitura de Hortolândia afirma que havia mais de 50 pessoas no local e que os agentes municipais foram agredidos pelos participantes com ataques de garrafas, cadeiras e faca. Diz ainda que um patrulheiro teve a mão fraturada e que uma das viaturas foi danificada.

Já o advogado da família, que preferiu não se identificar, afirmou ao LIBERAL que o evento era um aniversário de uma criança de três anos e que havia cerca de 10 pessoas, entre adultos e crianças, e que em nenhum momento os frequentadores reagiram – ele acusa os guardas do uso excessivo de força.

Segundo a administração, foi necessário “o uso de força moderada para dispersar e conter os agressores”, que foram levados até o plantão policial, no Parque dos Pinheiros. Eles vão responder criminalmente por lesão corporal, ameaça, dano ao patrimônio público e infração contra o código sanitário.

“A Administração Municipal reforça que não será tolerado o desacato aos servidores nem o descumprimento das regras de combate e enfrentamento à pandemia do coronavírus. Para a proteção à vida de todos, é necessária a conscientização e o comprometimento da população”, diz a nota enviada pela Prefeitura.

Outro lado

O advogado conta que a família se mudou do Estado do Maranhão para Hortolândia para trabalhar no ramo de construção civil. No imóvel onde eles moram existem dois pavimentos – a casa no térreo e um salão de eventos no piso superior.

Segundo o advogado, a Guarda chegou ao local e foi recebida pelo dono do imóvel. Neste momento, um dos tios do garoto que estava fazendo aniversário teria encostado o portão. “Foi nesse momento que a GM se achou no direito de invadir o local já agredindo todos ali”, disse o profissional.

A defesa ainda acusa guardas de terem disparado um tiro de borracha em direção a uma das pessoas que estava na festa e de ter dado golpes com cassetete na cabeça de outro frequentador, deixando um corte profundo. Um homem que estaria filmando ação teria levado um soco no olho de agentes, acusa o advogado.

“O GM que alega ter machucado o braço foi pelo fato de ter desferido um soco no olho do Sr. Raimundo e como foi com tanta violência que o próprio GM acabou machucando a própria mão. Não houve qualquer revide pela familia, não houve qualquer agressão, não houve nenhum ato praticado pelos familiares”, acrescenta o advogado.

Ao LIBERAL, o advogado afirmou que fez uma denúncia corregedoria da Guarda Municipal e que também vai procurar o Ministério Público para questionar o caso.

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