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Economia

Redução não chega e preço do gás vai a R$ 80 em Americana

Neste mês de fevereiro, Petrobras diminuiu valor do gás de cozinha em 3%, mas a medida ainda não foi sentida sobre os preços nas revendas do município

Por Marina Zanaki

25 de fevereiro de 2020, às 18h12 • Última atualização em 25 de fevereiro de 2020, às 22h16

A redução de 3% no gás de cozinha, anunciada pela Petrobras e que entrou em vigor no dia 8 deste mês de fevereiro, não chegou às revendas de Americana.

Os comerciantes afirmam que têm absorvido os aumentos registrados nos últimos meses sem repassar para o consumidor. O valor máximo encontrado pelo LIBERAL na cidade foi de R$ 80, já incluindo entrega.

Foto: Arquivo / O Liberal
Botijões de gás de cozinha chegam a custar entre R$ 75 e R$ 80 em Americana, segundo apuração do LIBERAL e dados da ANP

O preço é maior do que o observado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), em sua pesquisa semanal de preços. Na semana passada, o valor máximo observado na cidade foi R$ 75.

Dona do Bizuca Gás e Água, Eliana Cristina Rodrigues diz não ter percebido redução no preço do produto esse mês junto às distribuidoras. “A gente acaba não lucrando muito. Reduzimos a margem”, contou.

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Proprietário da Telegás São Domingos, Sidnei Santos França contou que está segurando o aumento do produto para conseguir se manter competitivo, sem repassá-lo ao consumidor.

“Setembro é dissídio, teve aumento. Depois disso, mais três aumentos até dezembro na Petrobras. Começou aumentando por trimestre, depois tornou-se mensal. Agora o governo aumenta no dia e na hora que ele quer”, queixou-se.

Sidnei lembrou ainda que comprar botijões sem bandeira acaba sendo mais barato, mas que existem riscos. “A gente trabalha com bandeira e cliente tem cobertura. Em caso de sinistro, qualquer ocorrência que for comprovada que é relativa ao produto, ele tem toda a cobertura da companhia”, destacou.

Walter Canazart, proprietário da Walter Gás, disse que os consumidores do bairro Jardim da Paz têm reclamado dos preços. Como realiza vendas a prazo, marcando as compras em uma caderneta, ele tem conseguido manter a clientela. Ele estima que 40% de suas vendas ocorram nessa modalidade.

Ele afirmou não ter observado nenhuma redução no preço, mas foi questionado pelos clientes. “Os clientes viram a reportagem que baixou e vieram perguntar. Eles cobram e estão certos, mas esse tipo de anúncio [da redução] não chega na gente, mas o aumento com certeza”, disse o comerciante.

A Petrobras lembrou que é responsável por 40% da composição do preço do produto. Impostos respondem por 17% e as distribuidoras e revendas por 41%. “É importante ficar claro que a Petrobras não tem ingerência no preço final”, explicou a estatal.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

A mobilização em Americana e Santa Bárbara em torno do Carnaval, a festa mais popular do País, é o assunto dessa edição do podcast “Além da Capa”. Ouça:

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