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OPERAÇÃO MARCO POLO

Promotor diz que empresário preso confessou ter lavado dinheiro

Segundo promotor do caso, contador era contratado para lavar o dinheiro de traficantes e estelionatários e direcionava a verba para contas no exterior

Por Leonardo Oliveira

30 de outubro de 2019, às 18h45 • Última atualização em 30 de outubro de 2019, às 19h58

Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG
“Tinha traficante de drogas, homicida, estelionatário, contrabando e descaminho”, afirmou promotor responsável pelo caso

Preso nesta terça-feira durante operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Piracicaba, o contador Marcelo Rodrigo Pio, de 44 anos, confessou que atuava na lavagem de dinheiro através de empresas de fachada que foram abertas por ele para desviar os recursos ao exterior.

Marcelo foi encontrado na academia Performance Gym, na Avenida Campos Sales, em Americana, da qual é apontado como proprietário, durante a Operação Marco Polo. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no local e resultaram na apreensão de documentos, computadores, celulares e um veículo Volkswagen Amarok.

“Ele confessou, admitiu que abriu as contas para movimentar mesmo o dinheiro. Parte do valor que era movimentado nas contas bancárias ficava pra ele, que é a remuneração do lavador”, disse o promotor do MP (Ministério Público) responsável pelo caso, Alexandre de Andrade Pereira.

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De acordo com ele, o acusado era contratado para lavar o dinheiro de traficantes e estelionatários e direcionava a verba para contas no exterior, em paraísos fiscais. “Tinha traficante de drogas, homicida, estelionatário, contrabando e descaminho. Eu consegui demonstrar que criminosos estavam se valendo da conta bancária daquelas empresas para fazer movimentações. Agora, se ele era contratado diretamente pelo traficante eu não sei”, relatou o promotor ao LIBERAL.

Marcelo teve a prisão preventiva decretada e ficará detido por tempo indeterminado durante o andamento das investigações. O promotor está revisando a denúncia e deve apresentá-la à Justiça até o fim desta semana.

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O advogado que representa o contador disse que o processo está em segredo de justiça e que ainda não oferecida denúncia. “Porém, trata-se de fatos pretéritos que foram atribuídos ao Marcelo, que carecem de perícia, pelo que a defesa estará se manifestando oportunamente, quando exercerá o direito constitucional da ampla defesa”, disse.

Argumentou ainda que a prisão preventiva é uma exceção no estado democrático de direito e que a regra é a liberdade. “a presunção de inocência é um dos direitos fundamentais e constitucional que deve sempre ser defendido”, acrescenta.

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