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ESTELIONATOS

Preso, dono de imobiliária em Americana é acusado de golpes

Rogério Stoque foi preso por estelionato e associação criminosa; advogado diz que não tinha conhecimento da situação

Por Gabriel Pitor

10 de fevereiro de 2024, às 08h08 • Última atualização em 10 de fevereiro de 2024, às 08h56

Cerca de 50 pessoas acusam um empresário de realizar golpes envolvendo transações imobiliárias. Rogério Stoque, de 42 anos, proprietário da Brasil Imobiliária, no Jardim Girassol, em Americana, foi preso em flagrante na última segunda-feira (5) por estelionato e associação criminosa.

As vítimas relataram prejuízos de R$ 20 mil a R$ 150 mil, considerando também bens dados como entrada em propriedades. Um advogado que representa o suspeito em processos criminais disse que não tinha conhecimento da situação.

Brasil Imobiliária, no Jardim Girassol, em Americana – Foto: Gabriel Pitor/Liberal

No caso que levou à prisão realizada pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, divisão especializada da Polícia Civil, Stoque teria tentado vender a uma vítima um imóvel que não era seu e que não foi autorizado pelo proprietário. Os policiais conseguiram abordar o empresário durante a elaboração do contrato.

Outras duas pessoas foram presas preventivamente e estão no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Americana.

A Polícia Civil ainda investiga outras denúncias, sendo que várias surgiram após a prisão. O LIBERAL teve acesso a um grupo de WhatsApp no qual vítimas do suposto estelionatário se uniram tanto para fazer boletins de ocorrência quanto chamar a atenção da imprensa.

Um vigilante de 38 anos chegou a chorar no telefone ao conversar com a reportagem, já que deu entrada de R$ 80 mil em uma casa no Parque Gramado, dinheiro que ganhou da mãe, mas depois descobriu que a propriedade nunca esteve à venda e desde 2018 tem tentado recuperar o dinheiro na Justiça.

Por sua vez, a cuidadora Flávia Torteli, de 25, fez um Pix de R$ 27 mil como entrada e aguardava a entrega de um apartamento, o que acabou não acontecendo.

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O LIBERAL ainda ouviu outras oito vítimas e teve acesso a oito boletins de ocorrência nos quais são qualificados os crimes de estelionato e danos.

Os golpes, segundo relatos de vítimas, eram praticados de várias formas, desde a entrada até o financiamento.

Os imóveis envolvidos nas transações falsas, geralmente nos bairros Parque Gramado, Parque Universitário, Jardim Boer e Nova Americana, não pertenciam à imobiliária ou eram vendidos sem conhecimento do proprietário, em anúncios feitos nas redes sociais.

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As vítimas faziam os pagamentos e assinavam os documentos para compra, não recebiam o imóvel, cobravam o distrato ou a devolução dos valores e bens investidos, mas eram supostamente “enroladas” ou até mesmo ameaçadas por Stoque e seus auxiliares.

As documentações contavam com pelo menos quatro nomes diferentes de imobiliárias e adesivos de reconhecimento de firma eram supostamente falsificados.

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A DIG destacou à reportagem que, no momento, Stoque irá responder apenas pelo caso que levou à prisão.

A Polícia Civil ressaltou que as pessoas que se considerarem vítimas do empresário devem procurar a Delegacia de Americana, na Rua São Vito, no Jardim Helena, para registrar a ocorrência.

O advogado Manoel Carlos de Oliveira, que defende o empresário em outro processo por receptação, disse que não ter conhecimento da prisão e que irá se informar antes de dar um posicionamento.

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