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Dise

Polícia de Americana investiga seis pessoas em caso de tráfico internacional

Delegacia investiga esquema de tráfico de cocaína que usava o Aeroporto de Americana como um dos destinos finais

Por Rodrigo Alonso

30 de julho de 2020, às 10h32

Seis pessoas são investigadas pela Dise (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes) por suposto envolvimento em um esquema de tráfico internacional de cocaína que usava o Aeroporto Municipal de Americana como um dos destinos finais.

Na última segunda-feira (27), conforme o LIBERAL noticiou, esse caso resultou na apreensão de dois helicópteros: um no aeroporto de Piracicaba e o outro em Carapicuíba.

Um helicóptero foi apreendido em Americana e o outro em Carapicuíba – Foto: Polícia Civil / Divulgação

Segundo o delegado titular da Dise, Luis Carlos Gazarini, em coletiva nesta quarta-feira, as drogas saíam do Paraguai e eram transportadas por helicópteros, que entravam no Brasil por Mato Grosso do Sul e iam até o aeroporto de Americana ou para São Paulo, onde eram abastecidos. As viagens aconteciam, pelo menos, uma vez por semana.

Gazarini disse, porém, que nenhum entorpecente foi descarregado em Americana. Quando chegavam à cidade, as aeronaves já não estavam mais com a cocaína. As drogas eram deixadas no caminho.

A Dise iniciou as investigações em dezembro de 2019, ao observar uma movimentação suspeita no aeroporto local. “O que chamou a nossa atenção nessa investigação, desde o começo, foi uma aeronave que ficou parada durante alguns dias lá no pátio do hangar”, contou o delegado.

O helicóptero apreendido pela Polícia Civil em Piracicaba tinha vestígios de cocaína no banco traseiro. O piloto, de 22 anos, foi detido, mas acabou liberado. Morador de João Ramalho, ele nega qualquer relação com o tráfico.

De acordo com Gazarini, o homem alegou que apenas havia pegado uma caixa com 50 mil dólares em Mato Grosso do Sul e que, depois, deixou o objeto num canavial em Garça, com duas pessoas. Ele afirmou ter sido contratado para esse serviço.

A Polícia Civil, por outro lado, não encontrou o piloto da aeronave apreendida em Carapicuíba, mas sabe de quem se trata. É um paulistano de 34 anos. Esse helicóptero passa por uma perícia mais detalhada, segundo o delegado.

“Por ser uma aeronave com um valor um pouco maior, acreditamos que essa aeronave também servia para transportar alguns membros de alto escalão desse grupo”, declarou.

Os dois pilotos figuram entre os investigados. Gazarini apontou que o homem detido não possui formação de piloto. De acordo com o delegado, as aeronaves estão no nome de uma empresa de São Paulo e de uma pessoa de Minas Gerais, também investigadas.

Nesse inquérito, a Dise apura os crimes de tráfico internacional e interestadual de entorpecentes, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A delegacia acredita que existem mais pessoas envolvidas.

“Seis, numa organização criminosa, é um número pequeno ainda dentro da quantidade de pessoas que estamos observando”, comentou o delegado.

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