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SAÚDE

Paciente suspeita de estar com doença da urina preta está estável, revela hospital

Mulher de 31 anos, que tem caso considerado suspeito, está internada no Hospital Unimed, em Americana

Por Ana Carolina Leal e João Colosalle

23 de setembro de 2021, às 11h38

A paciente de 31 anos investigada pela Vigilância Epidemiológica de Americana por suspeita de ter a síndrome de Haff, conhecida como doença da urina preta, encontra-se estável.

A informação foi revelada na manhã desta quinta-feira (23) pelo Hospital Unimed, de Americana, onde a paciente está internada. Por conta do sigilo médico, o hospital não deu detalhes sobre o caso.

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Nesta quarta-feira (22), a Prefeitura de Americana confirmou que a vigilância apura se uma mulher estaria com a doença. A administração não detalhou o que levou o caso a ser considerado suspeito.

A doença, que deixa a urina com coloração escura, provoca dores musculares, falta de ar e insuficiência renal, entre duas a 24 horas após consumir peixes ou crustáceos. Até o momento, quatro estados brasileiros tiveram diagnóstico da síndrome: Amazonas, Bahia, Ceará e Pará.

Em Americana, a vigilância informou que aguarda orientações do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) sobre os procedimentos a serem adotados em relação ao caso

Sobre a doença

O quadro descrito nos pacientes graves é compatível com a rabdmiólise, doença que destrói as fibras que compõem os músculos do corpo. Quando associada ao consumo de peixes, a síndrome é conhecida como doença ou síndrome de Haff.

Como é pouco estudada, acredita-se que esses animais possam ter se alimentado de algas com certos tipos de toxinas que, consumidas pelo ser humano, provocam os sintomas. Contudo, a toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.

De acordo com o Ministério da Saúde, a rabdomiólise é uma condição que o paciente apresenta por várias causas, como excesso de atividade física, trauma, alimentar, fatores hereditários, uso de medicamentos, toxinas, hipóxias musculares, doenças endócrinas e metabólicas, alterações de temperatura, infecções virais e bacterianas, distúrbios eletrolíticos, entre outros.

Dessa forma, explicou o órgão, a rabdomiólise não é de notificação compulsória. “Os estados e municípios detectam os casos a partir das investigações dessas etiologias”, afirmou em nota.

O Ministério da Saúde aponta que a hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas, uma vez que assim é possível diminuir a concentração da toxina no sangue, o que favorece sua eliminação através da urina. Em casos mais graves, pode ser preciso fazer hemodiálise. Na maioria das vezes, o quadro costuma evoluir bem, mas há risco de morte, especialmente em pessoas com comorbidades.

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