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Americana

Vigilância investiga caso suspeito da doença da urina preta em Americana

Moradora de 31 anos está internada em hospital particular; síndrome está associada ao consumo de peixes

Por Ana Carolina Leal

22 de setembro de 2021, às 19h15

Em Americana, a vigilância informou que aguarda orientações do GVE sobre os procedimentos a serem adotados - Foto: Arquivo - O Liberal

A Vigilância Epidemiológica de Americana investiga um caso suspeito da Síndrome de Haff, popularmente conhecida como doença da urina preta. Trata-se de uma moradora de 31 anos, que está internada em um hospital particular da cidade.

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A doença, que deixa a urina com coloração escura, provoca dores musculares, falta de ar e insuficiência renal, entre duas a 24 horas após consumir peixes ou crustáceos. Até o momento, quatro estados brasileiros tiveram diagnóstico da síndrome: Amazonas, Bahia, Ceará e Pará.

Em Americana, a vigilância informou que aguarda orientações do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) sobre os procedimentos a serem adotados em relação ao caso.

O quadro descrito nos pacientes graves é compatível com a rabdmiólise, doença que destrói as fibras que compõem os músculos do corpo. Quando associada ao consumo de peixes, a síndrome é conhecida como Doença de Haff.

Como é pouco estudada, acredita-se que esses animais possam ter se alimentado de algas com certos tipos de toxinas que, consumidas pelo ser humano, provocam os sintomas. Contudo, a toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.

De acordo com o Ministério da Saúde, a rabdomiólise é uma condição que o paciente apresenta por várias causas, como excesso de atividade física, trauma, alimentar, fatores hereditários, uso de medicamentos, toxinas, hipóxias musculares, doenças endócrinas e metabólicas, alterações de temperatura, infecções virais e bacterianas, distúrbios eletrolíticos, entre outros.

Dessa forma, explicou o órgão, a rabdomiólise não é de notificação compulsória. “Os estados e municípios detectam os casos a partir das investigações dessas etiologias”, afirmou em nota.

O LIBERAL questionou a Unimed para saber se a paciente estava internada na unidade. O hospital, no entanto, disse que não tem autorização para responder devido ao sigilo da informação. No Hospital São Lucas, funcionários disseram que a moradora não está na unidade. A reportagem não conseguiu contatar a assessoria do hospital São Francisco.

Tratamento – O Ministério da Saúde aponta que a hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas, uma vez que assim é possível diminuir a concentração da toxina no sangue, o que favorece sua eliminação através da urina. Em casos mais graves, pode ser preciso fazer hemodiálise. Na maioria das vezes, o quadro costuma evoluir bem, mas há risco de morte, especialmente em pessoas com comorbidades.

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