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Economia

Número de inadimplentes cresce 39% em um ano de pandemia no comércio

Segundo dados da Acia, Americana tinha cerca de 23 mil devedores em março

Por Heitor Carvalho

25 de abril de 2021, às 08h17

O número de inadimplentes registrado pela Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) cresceu 39% entre março de 2020 e o mesmo mês de 2021. A crise provocada pela pandemia é um dos fatores apontados para o aumento.

De acordo com a entidade, no ano passado, eram 16.831 registros de inadimplentes na base do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) em Americana, enquanto que neste ano, em março, o número chegou a 23.426. A associação afirma contabilizar dados informados por cerca de 2 mil empresas associadas no município.

Para presidente da Acia, pandemia é um motivo claro para o aumento da inadimplência no comércio da cidade – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal.JPG

Para Wagner Armbruster, presidente da Acia, é difícil apontar quais causas estão entre as responsáveis por esse aumento na inadimplência, mas a pandemia é um motivo “claro”.

“Supõe-se que os números da atualidade sejam reflexo do ciclo econômico de dificuldades que já vem de anos passados. Mas não temos dados precisos que atestem isso. O quadro que temos atualmente é resultado da pandemia. Isso é claro”, afirmou.

Vitor Fernandes, o presidente do Sincomércio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste), segue na mesma linha.

“Acreditamos que a pandemia tenha sido o principal fator para aumento da inadimplência. A expectativa inicial para 2020 era boa, mas a necessidade de restringir as atividades econômicas levou muitas pessoas a perderem seu poderio financeiro”, comentou.

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“Quando isso ocorre, contas de consumo e alimentação aparecem sempre em primeiro lugar, e os débitos com lojas, carnês e outras contas acabam ficando para depois”, concluiu.

VARIAÇÕES
Em 2020, a inclusão de novos débitos no cadastro de inadimplência havia sido menor do que em 2019. No período, houve uma queda de 19% – foram 34,9 mil em 2019 e 28,2 mil em 2020.

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Já as exclusões, ou seja, os débitos quitados, aumentaram. Houve um aumento de 40% entre os dois anos: de 22,3 mil em 2019 para 31,4 mil no ano passado.

Segundo o presidente da Acia, a CRC (Central Recuperadora de Crédito) da associação tem tido resultados melhores do que os esperados.

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“Os consumidores desejam ter seu nome limpo para reabilitarem seus créditos. O que estamos sentindo, como representantes de nossos associados, é que a população tem nos procurado para realizar negociações”, afirmou Wagner.

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