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INVESTIGAÇÃO

Juíza manda soltar suspeitos presos por roubo no Terras do Imperador

Clóvis Conceição Costa, de 50 anos, e Wallison Augusto da Costa, de 21, haviam sido presos há oito dias; defesa alega que eles não estavam no local do crime no momento do roubo

Por João Colosalle

17 de agosto de 2022, às 13h06 • Última atualização em 17 de agosto de 2022, às 14h38

Familiares e amigos dos suspeitos presos por roubo no condomínio Terras do Imperador se concentram na Delegacia de Sumaré - Foto: Junior Guarnieri / Liberal

Uma decisão da 2ª Vara Criminal de Americana determinou, na tarde desta quarta-feira (17), a soltura dos dois suspeitos presos na investigação do roubo a uma casa no condomínio Terras do Imperador.

A decisão ocorre oito dias depois da prisão e após a defesa dos suspeitos apresentar contradições que indicariam que os dois não estavam no local do crime no horário do assalto, conforme o LIBERAL mostrou.

Na decisão, a juíza Roberta Virginia dos Santos determinou que os dois suspeitos cumpram medidas cautelares, como o comparecimento mensal em juízo e a proibição de contato com as vítimas.

Desde a manhã desta quarta-feira, familiares e amigos dos suspeitos se concentram em frente ao prédio da Delegacia de Sumaré, onde fica a cadeia de Sumaré e onde eles estão presos.

Nas redes sociais, familiares expuseram documentos e informações e fizeram um apelo por Justiça, que acabou viralizando. Nesta segunda-feira (15), uma carreata realizada entre Santa Bárbara e Americana protestou contra a prisão da dupla, que é pai e filho.

Após novas diligências nesta terça-feira, a Polícia Civil encaminhou um pedido de revogação da prisão temporária dos dois, que teve concordância do Ministério Público.

Clóvis Conceição Costa, de 50 anos, e Wallison Augusto da Costa, de 21, foram presos pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana na última terça-feira (9), após terem sido reconhecidos por uma vítima do assalto.

O roubo ocorreu na manhã do dia 30 de julho, um sábado. Cerca de R$ 220 mil em joias, relógio e outros objetos foram levados de um casal. Apenas a esposa estava na casa durante o assalto.

Na manifestação apresentada à Justiça nesta terça-feira, o delegado Lúcio Petrocelli, que assumiu o caso após os suspeitos já estarem presos, informou que foi ouvido hoje o casal que contratou Wallison para um serviço de frete entre Nova Odessa e Itapevi, na Grande São Paulo, no dia do assalto.

O casal confirmou a contratação e afirmou que o serviço foi realizado por Wallison. A polícia também acrescentou que o caminhão usado no frete, que está no nome de Clóvis, passou por câmeras de monitoramento em Campinas, Barueri, Osasco e São Paulo.

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“Em que pese o reconhecimento pessoal dos investigados pela vítima, por ora, não é imprescindível e necessária, a manutenção da segregação cautelar dos investigados”, escreveu o delegado no pedido de revogação.

Quanto ao álibi apresentado por Clóvis, não houve nenhuma menção por parte da polícia. A defesa diz que ele estava em uma consulta no Núcleo de Especialidades de Americana no momento do crime e chegou a juntar uma certidão da Secretaria Municipal de Saúde para contestar a prisão.

Ao LIBERAL, a Prefeitura de Americana confirmou a autenticidade da certidão e afirmou que Clóvis deu entrada na unidade de saúde às 11h33 para exames cardiológicos.

O delegado Lucio Petrocelli afirmou ao LIBERAL, nesta terça, que a polícia continua a investigar o caso. “Ainda tem algumas diligências a serem ultimadas e essas diligências não se fazem com um dia. A prisão deles é uma prisão legal, que foi decretada no meio de uma investigação policial, embasada em informações coletadas. Se caso o juiz entender por bem liberá-los, a gente vai continuar trabalhando ter elementos para não fazer nenhum tipo de injustiça”, comentou.

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