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INVESTIGAÇÃO

Polícia Civil pede revogação da prisão de suspeitos de roubo no Terras do Imperador

Decisão ocorre após defesa apresentar álibis dos suspeitos e caso repercutir; soltura depende da Justiça

Por João Colosalle

16 de agosto de 2022, às 18h39 • Última atualização em 16 de agosto de 2022, às 18h40

Protesto pela liberação de pai e filho em Americana - Foto: Junior Guarnieri / Liberal

A Polícia Civil pediu, na tarde desta terça-feira (16), a revogação da prisão temporária dos dois suspeitos do roubo no condomínio Terras do Imperador, ocorrido em 30 de julho, em Americana. A decisão pela soltura, agora, depende da Justiça, que já havia negado nesta segunda-feira (15).

O pedido ocorre após a defesa dos suspeitos apresentar contradições que indicariam que os dois não estavam no local do crime no horário do assalto, conforme o LIBERAL mostrou.

Nas redes sociais, familiares expuseram documentos e informações e fizeram um apelo por Justiça, que acabou viralizando. Nesta segunda-feira (15), uma carreata realizada entre Santa Bárbara e Americana protestou contra a prisão da dupla, que é pai e filho.

Clóvis Conceição Costa, de 50 anos, e Wallison Augusto da Costa, de 21, foram presos pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana na última terça-feira (9), após terem sido reconhecidos por uma vítima do assalto.

O roubo ocorreu na manhã do dia 30 de julho, um sábado. Cerca de R$ 220 mil em joias, relógio e outros objetos foram levados de um casal. Apenas a esposa estava na casa durante o assalto.

Na manifestação apresentada à Justiça nesta terça-feira, o delegado Lúcio Petrocelli, que assumiu o caso após os suspeitos já estarem presos, informou que foi ouvido hoje o casal que contratou Wallison para um serviço de frete entre Nova Odessa e Itapevi, na Grande São Paulo, no dia do assalto.

O casal confirmou a contratação e afirmou que o serviço foi realizado por Wallison. A polícia também acrescentou que o caminhão usado no frente, que está no nome de Clóvis, passou por câmeras de monitoramento em Campinas, Barueri, Osasco e São Paulo.

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“Em que pese o reconhecimento pessoal dos investigados pela vítima, por ora, não é imprescindível e necessária, a manutenção da segregação cautelar dos investigados”, escreveu o delegado no pedido de revogação.

Quanto ao álibi apresentado por Clóvis, não houve nenhuma menção por parte da polícia. A defesa diz que ele estava em uma consulta no Núcleo de Especialidades de Americana no momento do crime e chegou a juntar uma certidão da Secretaria Municipal de Saúde para contestar a prisão.

Ao LIBERAL, a Prefeitura de Americana confirmou a autenticidade da certidão e afirmou que Clóvis deu entrada na unidade de saúde às 11h33 para exames cardiológicos.

“Felizmente, a DIG de Americana realizou algumas das principais diligências investigativas requeridas pela defesa e, consequentemente, certificou-se da veracidade do que está sendo insistentemente sustentado, razão pela qual também requereu a revogação da prisão temporária”, comentou o advogado Dinael de Souza Machado Junior, que presenta Clóvis e Wallison.

O delegado Lucio Petrocelli afirmou ao LIBERAL, nesta terça, que a polícia continua a investigar o caso. “Ainda tem algumas diligências a serem ultimadas e essas diligências não se fazem com um dia. A prisão deles é uma prisão legal, que foi decretada no meio de uma investigação policial, embasada em informações coletadas. Se caso o juiz entender por bem liberá-los, a gente vai continuar trabalhando ter elementos para não fazer nenhum tipo de injustiça”, comentou.

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