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Covid-19

Indicadores de transmissão do novo coronavírus recuam na região

Novas internações caíram 20% na última semana no Departamento Regional de Saúde de Campinas

Por Marina Zanaki

09 de fevereiro de 2021, às 09h58 • Última atualização em 09 de fevereiro de 2021, às 10h08

Os indicadores do novo coronavírus (Covid-19) tiveram redução na semana passada no Departamento Regional de Saúde de Campinas, do qual Americana e região fazem parte.

Os índices observados entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro apontam para um recuo na transmissão da doença. A redução ocorre em um momento importante, com retorno das aulas presenciais na rede particular e estadual.

De acordo com levantamento realizado pelo Observatório da PUC-Campinas, as novas internações de casos suspeitos ou confirmados de coronavírus recuaram 20% em relação à semana anterior. Foram 748 novas internações no período.

Índices apontam para um recuo na transmissão da doença – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Foram registrados 7.270 novos casos na semana passada, uma redução de 15% em relação à semana epidemiológica anterior. As mortes tiveram redução de 2%, com 137 novos óbitos registrados na região.

Em Americana, as reduções nas internações podem ser observadas na taxa de ocupação dos leitos do Hospital Municipal. A enfermaria, por exemplo, tinha 33% de ocupação nesta segunda-feira. A ala iniciou as duas semanas anteriores com ocupação de 78%.

Infectologista que atua em Americana, Ártemis Kílaris confirmou que a cidade observou nos últimos 7 a 10 dias uma redução de novos casos e consequentemente de novas internações.

“Com relação ao número de óbitos ainda não dá para falar em queda porque os pacientes internados ainda são casos de janeiro, casos graves, muitos foram para a UTI e submetidos à intubação. Redução de óbito é uma coisa posterior, primeiro deixa de internar porque não está mais tendo casos novos e graves”, explicou a médica.

Infectologista e membro do Observatório da PUC-Campinas, André Giglio Bueno disse que a redução de casos ocorreu pois terminou o período mais crítico influenciado pelas transmissões ocorridas nas festas de final de ano. Ele lembrou que ainda não há vacinas suficientes para impactarem na transmissão.

“O dado mais sensível que vale a pena observar é a redução nas internações, só que estava em um patamar muito elevado. Então mesmo que essa redução tenha ocorrido, está em uma situação de número grande de casos. Pode sinalizar que vá ter reduções maiores nas próximas semanas, mas é muito dependente do comportamento”, ponderou o profissional.

Os dois médicos, que atuam na linha de frente da pandemia, destacaram que a redução na transmissão não pode dar à população uma falsa sensação de segurança, refletindo em um afrouxamento nos cuidados.

“Os cuidados têm que permanecer senão a gente vai em onda atrás de onda”, alertou a médica. “Não dá para comemorar como se estivesse com melhora concreta da situação”, finalizou André.

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