18 de abril de 2024 Atualizado 22:58

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Educação

Diretoria de Americana passará de 14 para 38 escolas de ensino integral

No total, o ensino integral passará a ser oferecido a 18.241 estudantes da região e estará em 38 das 80 escolas da Diretoria de Ensino de Americana

Por Marina Zanaki

14 de julho de 2021, às 10h37 • Última atualização em 14 de julho de 2021, às 10h38

A Diretoria de Ensino de Americana, que engloba ainda Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste, verá o total de escolas integrantes do PEI (Programa de Ensino Integral) saltar das atuais 14 para 38 em 2022. Com a mudança, serão 24 novas escolas com PEI, afetando 9.327 alunos.

No total, o ensino integral passará a ser oferecido a 18.241 estudantes da região e estará em 38 das 80 escolas da Diretoria de Ensino de Americana. Essa foi a maior ampliação desde que o programa foi criado, em 2012. No ano passado, por exemplo, apenas seis escolas fizeram a transição na região.

Escola Profa. Delmira de Oliveira Lopes, no Mathiensen, passará a ter ensino integral – Foto: Arquivo / O Liberal

“É um programa que a gente acredita muito, e a ideia é expandir cada vez mais. Esse ano foram 24 escolas, quem sabe no ano que vem temos mais adesões. Acreditamos muito no resultado do ensino aprendizagem do trabalho da escola integral. Foi um salto muito significante”, comemorou o dirigente regional de ensino de Americana, o professor Haroldo Ramos Teixeira.

A Secretaria de Estado da Educação defende que o PEI potencializa a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes. São trabalhadas práticas pedagógicas, como tutoria, nivelamento, protagonismo juvenil com clubes juvenis e líderes de turma, além de componentes curriculares específicos, como orientação de estudos e práticas experimentais. No Estado de São Paulo, 778 escolas farão a transição, totalizando 1.855 PEIs.

A Diretoria de Ensino terá seis meses para organizar as escolas e realizar a contratação dos professores. A atuação no PEI não ocorre por concurso público, mas sim por meio de designação, e oferece gratificação. Quem já atua na unidade tem prioridade para a contratação.

Críticas

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) é contrária à expansão do PEI no Estado de São Paulo. O sindicato argumenta que o sistema não garante acesso e permanência aos estudantes que precisam trabalhar, retira a comunidade escolar de seu bairro e, em sua maioria, encerra o período noturno e a educação de jovens e adultos.

Presidente da Apeoesp de Americana, a professora Zenaide Honório argumenta que os profissionais contratados para o programa ficam com os contratos fragilizados.

“Não bastam somente os 75%, em forma de gratificação aos professores que decidem ficar no projeto, pois muitas vezes e estresse acaba acarretando em problemas de saúde e quem fica doente, quem falta, é convidado via diário oficial a se retirar na unidade, na verdade é demitido a qualquer momento”, disse a sindicalista.

Haroldo rebateu que haja fragilidade nas contratações, lembrando que os professores passam por formações para se adaptar ao PEI e por avaliações de desempenho. “Do jeito colocado parece que pode chegar a qualquer momento e mandar embora, mas não é assim. É um projeto para garantir a qualidade do ensino”, argumentou.

O dirigente disse ainda que uma parte das escolas que fará a transição vai manter o período noturno. “Deixo o recado aos pais que é muito importante o avanço das escolas em ensino integral, e quem tem oportunidade de ficar no programa, fique, pois é um trabalho diferenciado, tanto para ensino aprendizagem, quanto para o projeto de vida”, disse Haroldo.

Publicidade